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OMS declara pandemia de Covid-19

Wu Hong / EPA

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, esta quarta-feira, o surto do novo coronavírus como pandemia.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) acabou de declarar o surto do novo coronavírus como pandemia. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, revelou que há mais de 118 mil casos em 114 países diferentes e 4291 mortos.

“Podemos esperar que o número de casos, mortes e países afetados aumente“, afirmou o diretor-geral, acrescentando que a declaração de pandemia se deve aos “níveis alarmantes de propagação e inação”.

“Os países podem ainda mudar o curso desta pandemia se detetarem, testarem, tratarem, isolarem, rastrearem e mobilizarem as pessoas na resposta”, ressalvou Tedros Adhanom Ghebreyesus, na sede da OMS, em Genebra, na Suíça.

Na segunda-feira, a organização já tinha referido esta possibilidade, depois de o número de casos ter superado os 100 mil contágios em mais de 100 países. Recorde-se que a OMS declarou a última pandemia global, em 2009, com a gripe A.

De acordo com o Diário de Notícias, que cita a Comissão Nacional de Saúde da China, o país registou, esta terça-feira, 24 novos casos de Covid-19, incluindo dez “importados”, ao mesmo tempo que morreram 22 pessoas.

Até à meia-noite de quarta-feira, a China continental contabilizava 80.778 infetados e 3158 mortos. Todas as mortes e 13 dos novos casos foram registados na província de Hubei, epicentro da epidemia, onde várias cidades permanecem em quarentena.

Também a Coreia do Sul anunciou, esta quarta-feira, um aumento do número de infetados, o que acontece pela primeira vez em cinco dias, ao registar mais 242 casos e seis mortos. Os dados avançados pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças elevam para 7755 o número total de pessoas infetadas e 60 vítimas mortais.

Na Indonésia, as autoridades reportaram a primeira morte, uma britânica com 53 anos, em Bali, que tinha sido 25.º caso confirmado no país, disse o diretor-geral de controlo e prevenção de doenças do Ministério da Saúde, Achmad Yurianto.

O número de casos na África do Sul subiu para 13, entre os quais um homem de 40 anos que regressou de Portugal, anunciou em comunicado o ministro da Saúde, Zweli Mhize.

A Turquia anunciou, hoje, o seu primeiro caso num homem regressado da Europa. Sem adiantar pormenores sobre o caso, o ministro da Saúde, Fahrettin Koca, disse que o paciente se encontra em isolamento, bem como familiares e outras pessoas que estiveram em contacto direto com o indivíduo.

No Panamá, a ministra da Saúde, Rosario Turner, confirmou a existência de oito casos, incluindo a ocorrência de uma morte.

O Irão anunciou a morte de mais 63 pessoas infetadas, elevando o total para 354 mortos. As autoridades iranianas também identificaram 958 novos casos, elevando o total para cerca de nove mil.

O Líbano registou uma segunda morte devido ao novo coronavírus, entre os 61 casos de contaminação já registados, anunciou o Ministério da Saúde.

Terça-feira foi o dia com mais mortes em Itália

Itália, o país da Europa mais atingido pelo coronavírus, aumentou o número de mortes para 631 e o número de casos para mais de dez mil. Esta terça-feira foi o dia mais mortal em território italiano, com 168 mortes e mais 977 novos casos.

No Reino Unido, soube-se que a Secretária de estado da Saúde, Nadine Dorries, está infetada. Nos últimos dias, a governante contactou com centenas de pessoas, incluindo o primeiro-ministro Boris Johnson. Na terça-feira, uma sexta pessoa morreu no país, que já tem um total de 382 casos.

A chanceler alemã, Angela Merkel, declarou que, segundo estimativas de especialistas, até 70% da população alemã pode ser infetada pelo coronavírus, insistindo na necessidade de medidas para retardar a sua propagação e para revitalizar a economia do país. As autoridades alemãs confirmaram três mortes e 1622 infeções.

Espanha registou, até esta quarta-feira, 47 mortos provocados pelo coronavírus e 2002 pessoas estão infetadas, a maior parte na região de Madrid, segundo a atualização dos números feita pelo Ministério da Saúde.

Na Bélgica, três pessoas morreram: Um paciente de 90 anos, um paciente de 73 anos e um paciente de 86 anos, dois em Bruxelas e um na região da Flandres.

Nos Estados Unidos, o famoso festival de música Coachella, um dos mais importantes do mundo, adiou a sua edição de abril para outubro como medida de prevenção face ao surto do novo coronavírus. O país já tem 1051 casos confirmados.

Nova Iorque colocou a National Guard em campo para ajudar a conter a propagação Covid-19. “É uma ação dramática, mas é a maior área metropolitana do país. É literalmente uma questão de vida ou de morte”, disse o governador Andrew Cuomo.

No desporto, há vários jogos de futebol cancelados ou à porta fechada e, atualmente, há a possibilidade de o Covid-19 ter chegado à Formula 1.Três elementos da McLaren e da Haas foram testados devido à suspeita de terem contraído Covid-19.

ZAP // Lusa

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