O vice-presidente da Câmara de Cascais anunciou, esta sexta-feira, que se vai candidatar à liderança do PSD para suceder a Rui Rio.
Foi através de um vídeo publicado no YouTube que Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara de Cascais, se apresentou, esta sexta-feira, como novo candidato à liderança do PSD.
“No PSD sabemos quando perdemos, e no dia 6 perdemos todos, mas no PSD também sabemos reerguer-nos e reencontrar-nos, mesmo nos momentos mais difíceis da nossa história”, começa por dizer.
“Encaro as próximas eleições para a liderança do PSD como uma oportunidade de reencontro com as aspirações dos portugueses. Que através de um debate democrático, possa renascer um PSD com a ambição de liderar um novo projeto de mudança para a sociedade portuguesa. Um projeto político capaz de ser alternativa ao projeto socialista que asfixia os sonhos dos portugueses, que limita a nossa liberdade de escolha”.
“Não é tempo para taticismos, não podemos esperar mais quatro anos. Eu, por mim, direi presente, direi que o futuro diz presente. O meu nome é Miguel Pinto Luz e sou o vosso candidato à liderança do PSD”, conclui.
O vídeo termina com o site oficial da sua candidatura, no qual se podem encontrar algumas informações sobre Pinto Luz, nomeadamente sobre o seu percurso educativo e profissional.
Antes do vice-presidente da Câmara de Cascais, também Luís Montenegro já tinha anunciado a sua intenção de suceder a Rui Rio na presidência do partido.
“Cada um de nós tem de assumir as suas responsabilidades, eu vou assumir as minhas. Serei candidato nas próximas eleições diretas por uma questão de coerência e convicção e gostava muito que o doutor Rui Rio também também pudesse ser candidato”.
O PSD de Rui Rio obteve no passado dia 6 o pior resultado do partido em Legislativas dos últimos 20 anos, mas apenas em percentagem, já que conseguiu eleger mais deputados do que Pedro Santana Lopes em 2005. Contados os votos dos emigrantes, os sociais-democratas obtiveram 27,76% dos votos, correspondentes a 79 deputados.
O Observador avançou, na quinta-feira, que Rio pode vir a acumular as funções de líder do partido e líder parlamentar. O objetivo passa por evitar divisões na bancada e esvaziar a oposição de Luís Montenegro.