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Rio “nunca se mostrou disponível” para uma coligação de direita

António Cotrim / Lusa

O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães

O líder da bancada do CDS, Nuno Magalhães, acredita que, apesar de não ser provável, “é possível” conseguir uma maioria de 116 deputados à direita. E não fecha a porta a ser candidato à liderança do CDS.

Em entrevista ao jornal Público, Nuno Magalhães, líder da bancada do CDS, assegura que o partido “não será a muleta de António Costa” caso este precise de uma coligação para viabilizar um Governo.

“O CDS já foi muito claro e tem uma marca distintiva em relação a qualquer outro partido, nomeadamente ao PSD. Com este PS, o CDS não será a muleta de António Costa. António Costa fez a sua opção, uma opção à esquerda mais à esquerda. Neste momento, António Costa joga em vários tabuleiros, ora é com o PCP, ora com o Bloco, ora com o PSD e até ao PAN pisca o olho”, declarou.

O cabeça-de-lista por Setúbal considera também que a direita ganharia em fazer “uma coligação de direita“, que incluísse o CDS, o PSD e o Aliança, mas Rui Rio “não o desejou”.

“Acho que o centro-direita português, e estou a incluir o PSD e o Aliança, ganharia até do ponto de vista aritemético, por causa do método de Hondt, em fazer uma coligação. Isso não foi possível por aquilo que eu vi e li, porque o presidente do PSD não desejou”, afirmou Nuno Magalhães.

“Noto que a atual direção do PSD, e o atual presidente do PSD, nunca se mostrou disponível”, acrescentou ainda, distinguindo tal postura da posição da líder centrista, Assunção Cristas. “A presidente do CDS sempre disse que estaria disponível para qualquer solução que propiciasse os 116 deputados.”

Sobre este número, o líder da bancada centrista acredita que é possível à direita recuperar a maioria parlamentar. “Se me pergunta se é provável, eu diria que não. Se é possível, é. Não vou para a campanha a pensar no pior cenário, vou a pensar no melhor.”

Na mesma entrevista ao diário, Nuno Magalhães defendeu que o partido tomou a atitude certa ao assumir-se mais à direita durante a campanha para as eleições europeias, optando por um discurso definido pelo órgão nacional do partido “direcionado para o eleitorado mais tradicional no CDS”.

ZAP //

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