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Descoberta a obra mais antiga de Michelangelo. Foi desenhada aos 12 anos

(dr)

O desenho de um homem sentado, possuído por um colecionador britânico, é a obra mais antiga conservada do génio italiano Michelangelo.

De acordo com Timothy Clifford, um especialista sobre o Renascimento italiano, que falou com o The Telegraph, o desenho foi criado quando o artista tinha apenas 12 ou 13 anos.

Segundo o especialista, quando viu o desenho pela primeira vez, achou “muito provável” que pertencesse a Michelangelo. Após realizar uma investigação, chegou à conclusão de que, de facto, são “os primeiros esforços no desenho de um jovem que um dia se tornaria um dos artistas mais notáveis ​​que já existiu”. Na obra de arte, datada por volta de 1490, um homem senta-se num trono com um cetro na mão.

Felizmente, o trabalho escapou ao destino da maioria dos desenhos incompletos por Michelangelo, que foram queimados pelo próprio antes da sua morte, porque não queria que ninguém os visse, pensando que não eram tão bons, refere Clifford.

“Michelangelo usa duas variedades diferentes de tinta castanha, tem um jeito idiossincrático de desenhar, com barbas redondos e uma linha muito dura debaixo do nariz que também aparece no seu desenho um pouco mais tarde”, explica o especialista, explicando as peculiaridades do estilo de pintor. Segundo o especialista, neste desenho também destaca o estilo de sombreamento com linhas juntas.

O desenho foi comprado em 1989 por um colecionador britânico num leilão francês que, agora, prefere permanecer anónimo. O dono do desenho contactou Clifford depois de o historiador de arte Miles Chappell ter sugerido que a obra tivesse sido desenhada pelo artista italiano do Renascimento.

No ano passado, um investigador encontrou um desenho camuflado numa obra de Michelangelo e defende que se trata de um auto-retrato do artista e uma espécie de assinatura nas suas obras. Este pretenso auto-retrato escondido surge no desenho que Michelangelo fez de Vittoria Colonna, que era sua amiga próxima, e que se encontra exposto na coleção do Museu Britânico em Londres.

ZAP //

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