A Hermeus anunciou que está a planear construir a aeronave mais rápida do mundo, que seria usada para viagens comerciais supersónicas. É esperado que o avião atinja uma velocidade cinco vezes superior à velocidade do som.
Esta segunda-feira, a Hermeus revelou que tem planos para construir aquele que será o avião mais rápido do mundo. A velocidade de Mach 5 — cinco vezes superior à velocidade do som — permite viajar de Lisboa a Washington em apenas uma hora e meia. Uma viagem normal demora mais de 7 horas.
A ideia tem tudo para avançar e conta já com um financiamento inicial da Khosla Ventures. Esta injeção de capital permite à Hermeus desenvolver as tecnologias iniciais necessária para tornar o projeto numa realidade.
A Hermeus conta com uma grande competição, já que outras empresas têm já planos para aeronaves supersónicas, como é o caso da X-59, encomendado pela NASA, e o SR-72, criado pela Lockheed Martin. No entanto, nenhum deles atinge a velocidade prevista para o avião da Hermeus.
Ainda assim, as previsões feitas dependem da tecnologia e materiais existentes, explicou Skyler Shuford, diretor de operações da empresa, em declarações ao ArsTechnica. “Queremos fazer engenharia, não ciência”, disse Shuford.
Para a construção da aeronave será necessário titânio e um sistema de propulsão especializado. Dentro dos próximos cinco anos, a empresa espera conseguir um protótipo a viajar à velocidade Mach 5. Só dentro de oito a dez anos é que esperam poder iniciar a produção de aeronaves para serviços comerciais.
Os fundadores da empresa têm já uma grande experiência na matéria, tendo anteriormente trabalhado na SpaceX e na Blue Origin, e tendo estado envolvidos na criação do avião-foguete hipersónico da Generation Orbit.
Depois do falhanço de alguns serviços de transporte aéreo supersónico, Shuford explica que houve dois fatores que fizeram renascer o interesse. Um deles é o maior investimento no setor aeroespacial, que pode proporcionar retorno financeiro a longo prazo. O outro é a melhorada tecnologia atual e a maior disponibilidade dos materiais usados, como por exemplo o titânio.