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Ex-porta-voz da PJ Militar fica em prisão domiciliária

Paulo Cunha / Lusa

Militares em patrulha junto à vedação dos Paióis de Tancos

O ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar, detido na segunda-feira, ficou sujeito à medida de coação de permanência na residência sem vigilância eletrónica.

À saída do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, o advogado Ricardo Sá Fernandes disse ainda que o major Vasco Brasão fica sujeito a outras medidas de coação, nomeadamente não poder contactar com os restantes oito arguidos do processo.

Este foi o mais longo interrogatório dos nove arguidos no processo de recuperação das armas desaparecidas de Tancos, com uma duração de cerca de sete horas, dividida pela manhã, tarde e noite de terça-feira, que terminou apenas na madrugada de hoje.

Ricardo Sá Fernandes afirmou que considera esta uma medida equilibrada, por parte do juiz João Bártolo, e não vai recorrer da mesma.

O ex-porta-voz da PJM, em missão na República Centro-Africana, foi detido, esta segunda-feira, na sua chegada a Portugal. No Facebook, o militar garantiu estar “arrependido, mas de consciência tranquila” e invocou a “salvaguarda dos interesses nacionais”.

Anteriormente, a PJ deteve o diretor e outros três responsáveis da PJM, um civil e três elementos do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé. Tanto o coronel Luís Vieira como o civil vão ficar a aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva. O Ministério Público tinha pedido a mesma medida de coação para todos os arguidos.

Esta terça-feira, o novo diretor da PJM, Paulo Manuel José Isabel, assumiu as funções, em regime de substituição, com o ministro da Defesa a assinalar que está assegurada a “normalidade e a estabilidade” da instituição.

O comandante nasceu em Setúbal, em 16 de julho de 1964, ingressando em 1982 na Escola Naval, onde se licenciou em Ciências Militares Navais. Atualmente, coordenava da área de ensino de comportamento humano e administração de recursos no Instituto Universitário Militar.

Nos últimos anos, desempenhou várias funções na Polícia Marítima, polícia de especialidade no âmbito da Autoridade Marítima Nacional. Nos cargos que desempenhou na Polícia Marítima, de 2003 a 2009 e entre 2014 e 2017, participou nas Equipas Mistas de Prevenção Criminal (EMPC), nos distritos de Lisboa, Setúbal e Faro.

ZAP // Lusa

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