Mais de 18 mil pessoas foram hoje demitidas na Turquia, incluindo vários membros das forças de segurança, professores e académicos, na sequência da publicação de um decreto-lei no boletim oficial turco.
Ao todo, 18.632 pessoas, entre as quais mais de nove mil funcionários da polícia e seis mil das forças armadas turcas, viram o seu nome publicado naquele documento. Em contrapartida e, de acordo com o mesmo texto, foram readmitidas na função pública 148 pessoas saneadas em anteriores decretos.
Vários meios de comunicação social turcos afirmaram tratar-se do último decreto antes de um provável levantamento do estado de emergência. Os ‘media’ turcos afirmaram que o regime de exceção será levantado esta segunda-feira, após a tomada de posse de Erdogan, reeleito no cargo a 24 de junho.
O fim do estado de emergência foi uma das promessas eleitorais do Presidente turco. O decreto determinou também o encerramento de 12 associações, três jornais e uma cadeia de televisão.
O estado de emergência foi decretado pelo Presidente turco, Recep Erdogan, no dia seguinte à tentativa de golpe de Estado de julho de 2016, que o vice-primeiro ministro da Turquia nega que tenha sido orquestrado pelo próprio Erdogan, e após o qual o presidente turco lançou uma purga sobre as hierarquias militares, meios académicos e jornalistas.
Em conferência de imprensa para assinalar o 1º aniversário do golpe, o vice-primeiro-ministro, Numan Kurtulmus, considerou que o episódio não tinha sido “uma tentativa de golpe controlado, mas sim uma tentativa de defender o povo turco”.
“O nosso objectivo é encontrar todos aqueles que têm ligações a essa organização e a apoiam. Estamos a tentar purgá-los da sociedade“, declarou na altura Kurtulmus.
A organização não-governamental Human Rights Joint Platform indicou que 112.679 pessoas foram despedidas a 20 de março passado, incluindo mais de oito mil nas forças armadas, cerca de 33 mil do Ministério da Educação e 31 mil do Ministério do Interior. Destas, 22.600 pertenciam à direção-geral de Segurança.
ZAP // Lusa
Só não percebo como a UE aida subsidia este ditador.
Hoje em dia, quando há dinheiro envolvido (sobretudo se é muito), não há razão, não há lógica, não há direitos, não há mais nada…
… é este tipo de país que quer ingressar na UE ? Países onde a necessidade de Democracia é precisa não interessam a ninguém. Países com governos ditadores que se alinhem e vivam a vida deles próprios.
Olha o amigo da Alemanha e dos EUA a tornar-se ditador, sem estes dizerem absolutamante NADA!…
Ao tempo que este gajo está a tornar-se ditador. Parece que só agora é que acordaste! E quando houve a limpeza dos tribunais, das universidades, da função pública,… o que estavas tu a fazer?!