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Mais de 18 mil pessoas demitidas por decreto-lei na Turquia

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unaoc / Flickr

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan

Mais de 18 mil pessoas foram hoje demitidas na Turquia, incluindo vários membros das forças de segurança, professores e académicos, na sequência da publicação de um decreto-lei no boletim oficial turco.

Ao todo, 18.632 pessoas, entre as quais mais de nove mil funcionários da polícia e seis mil das forças armadas turcas, viram o seu nome publicado naquele documento. Em contrapartida e, de acordo com o mesmo texto, foram readmitidas na função pública 148 pessoas saneadas em anteriores decretos.

Vários meios de comunicação social turcos afirmaram tratar-se do último decreto antes de um provável levantamento do estado de emergência. Os ‘media’ turcos afirmaram que o regime de exceção será levantado esta segunda-feira, após a tomada de posse de Erdogan, reeleito no cargo a 24 de junho.

O fim do estado de emergência foi uma das promessas eleitorais do Presidente turco. O decreto determinou também o encerramento de 12 associações, três jornais e uma cadeia de televisão.

O estado de emergência foi decretado pelo Presidente turco, Recep Erdogan, no dia seguinte à tentativa de golpe de Estado de julho de 2016, que o vice-primeiro ministro da Turquia nega que tenha sido orquestrado pelo próprio Erdogan, e após o qual o presidente turco lançou uma purga sobre as hierarquias militares, meios académicos e jornalistas.

Em conferência de imprensa para assinalar o 1º aniversário do golpe, o vice-primeiro-ministro, Numan Kurtulmus, considerou que o episódio não tinha sido “uma tentativa de golpe controlado, mas sim uma tentativa de defender o povo turco”.

“O nosso objectivo é encontrar todos aqueles que têm ligações a essa organização e a apoiam. Estamos a tentar purgá-los da sociedade“, declarou na altura Kurtulmus.

A organização não-governamental Human Rights Joint Platform indicou que 112.679 pessoas foram despedidas a 20 de março passado, incluindo mais de oito mil nas forças armadas, cerca de 33 mil do Ministério da Educação e 31 mil do Ministério do Interior. Destas, 22.600 pertenciam à direção-geral de Segurança.

ZAP // Lusa

5 Comments

  1. Hoje em dia, quando há dinheiro envolvido (sobretudo se é muito), não há razão, não há lógica, não há direitos, não há mais nada…

  2. … é este tipo de país que quer ingressar na UE ? Países onde a necessidade de Democracia é precisa não interessam a ninguém. Países com governos ditadores que se alinhem e vivam a vida deles próprios.

    • Ao tempo que este gajo está a tornar-se ditador. Parece que só agora é que acordaste! E quando houve a limpeza dos tribunais, das universidades, da função pública,… o que estavas tu a fazer?!

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