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Turquia nega que Golpe de Estado de 2016 tenha sido orquestrado por Erdogan

Sedat Suna / EPA

Golpe de estado militar em curso na Turquia - população protesta contra o Golpe

Golpe de estado militar em curso na Turquia – população protesta contra o Golpe

O vice-primeiro-ministro da Turquia, Numan Kurtulmus, negou as alegações crescentes de que o golpe de Estado frustrado de 2016 no país tenha sido controlada por Ancara, e elogiou o povo turco por refutar usurpadores do poder.

A capital turca, Ancara, viveu momentos de agitação em 2016, quando um grupo de militares alegadamente a mando do clérigo islâmico Fethullah Gulen terá tentado tomar o poder, através de um golpe de estado falhado.

Dada a escalada autoritária do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que após o episódio se sustentou na mobilização popular para garantir a concentração de funções nas suas mãos e ordenou a prisão de mais de 50 mil pessoas, a teoria conspiratória que atribui ao próprio presidente a autoria do golpe tem ganho cada vez mais defensores.

A tentativa de golpe de Estado é como um presente de Deus, que permitirá limpar o Exército”, disse mesmo na altura Erdogan.

Mas diversos analistas internacionais manifestaram na altura estranheza pela “falta de profissionalismo e coordenação” dos militares revoltosos, e alguns dos oficiais detidos quando marchavam para Ancara reagiram então com surpresa, porque “julgavam estar a realizar um exercício militar”.

Diversas organizações defensoras dos direitos humanos sustentam também que Erdogan se tem aproveitado da alegada “escalada golpista” para prender opositores ao regime e manietar ainda mais a já controlada imprensa do país.

O vice-primeiro-ministro da Turquia, Numan Kurtulmus, rejeitou hoje no entanto estas acusações. Em conferência de imprensa para assinalar o primeiro aniversário do golpe, Kurtulmus considera que “esta não foi uma tentativa de golpe controlada, mas sim uma tentativa de defender o povo turco”.

O vice-primeiro ministro realçou que as autoridades turcas estão ainda a tentar encontrar apoiantes do movimento de Fethullah Gulen, exilado nos Estados Unidos.

“O nosso objectivo é encontrar todos aqueles que têm ligações a essa organização e a apoiam. Estamos a tentar purgá-los da sociedade“, acrescentou Kurtulmus.

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