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Há janela de 3 dias para resgatar crianças. Operação já começou em segredo

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(h) Royal Thai Navy

Operações de resgate das crianças presas em gruta na Tailândia

As autoridades tailandesas afirmaram hoje que os próximos três a quatro dias estão a ser encarados como os mais favoráveis para realizar o resgate dos 12 rapazes e do respetivo treinador presos numa gruta na Tailândia há duas semanas. Segundo os media locais, a operação de resgate já começou.

Segundo está a ser adiantado pela imprensa tailandesa, está já em curso, em segredo, a operação de resgate das 12 crianças presas há duas semanas numa gruta.

O início da operação há cerca de 4 horas, e uma das crianças já está a ser retirada da gruta.

A decisão de avançar já com a operação de resgate terá sido tomada devido ao receio de que as chuvas que se esperam para os próximos dias inundem a gruta em que os jovens se encontram, e à preocupação com a diminuição do nível de oxigénio no local.

Citado pela imprensa internacionail, Narongsak Osottanakorn, governador da região de Chiang Rai, afirmou este sábado que os próximos três a quatro dias são “o momento mais favorável para a operação de resgate em termos do nível da água, das condições meteorológicas e do estado de saúde dos rapazes”.

O governador admitiu que, após esta janela de tempo, as condições meteorológicas previstas para a região, nomeadamente a intensificação das chuvas que se podem tornar torrenciais no início da próxima semana, podem colocar em perigo o grupo retido na gruta, composto por rapazes com idades entre os 11 e os 16 anos e o seu treinador de futebol, de 25 anos.

O nível da água pode subir para a área onde as crianças têm permanecido e tornar a área inferior a 10 metros quadrados”, afirmou o governador.

Outra preocupação, acrescentou Narongsak Osottanakorn, é o aumento da concentração dos níveis de dióxido de carbono dentro da gruta e o efeito que tal situação está a ter no grupo e nos elementos da equipa de resgate.

O governador escusou-se a adiantar mais detalhes sobre o possível momento do resgate, que deverá passar por uma retirada com recurso mergulho.

O mesmo responsável tinha antes adiantado que estão a ser equacionadas situações alternativas e informou que foram realizados mais de 100 furos na montanha onde fica localizada a gruta em busca de uma possível solução. “Realizámos mais de 100 furos, mas ainda não localizámos a sua posição”, declarou.

A maior parte das crianças presas na gruta não sabe nadar e nenhum deles praticou mergulho, o que complica as operações de resgate.

Ajuda de Elon Musk

Também hoje foi divulgado que a ajuda disponibilizada na sexta-feira pelo empresário e milionário Elon Musk já começou a chegar à zona da gruta de Tham Luang. Segundo as autoridades locais, uma equipa de nove engenheiros foi disponibilizada por Musk.

Um dos engenheiros estava na Tailândia em férias e outros dois chegam hoje ao local. Os restantes seis elementos são aguardados no domingo, de acordo com um porta-voz do Governo tailandês. A mesma fonte acrescentou que o trabalho dos engenheiros não terá qualquer encargo para o Governo tailandês.

Os rapazes e o seu treinador foram explorar a gruta depois de um jogo de futebol no passado dia 23 de junho.

As inundações resultantes das monções bloquearam-lhes a saída e impediram que as equipas de resgate os encontrassem durante nove dias, já que a única maneira de chegar até ao local onde se encontram é mergulhando através de túneis escuros e estreitos, cheios de água turva e correntes fortes.

Nos últimos dias, as autoridades têm estudado a melhor forma para resgatar o grupo.

A operação ficou marcada, entretanto, pela morte de um mergulhador experiente, um antigo fuzileiro tailandês, que tinha ido entregar uma reserva de oxigénio ao grupo de jovens. Esta situação veio pôr em causa a viabilidade de uma extração sem riscos do grupo bloqueado na gruta.

ZAP // Lusa

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