Governo espanhol admite suspender autonomia da Catalunha

La Moncloa - Gobierno de España / Flickr

A vice-presidente do Governo espanhol, Soraya Saénz de Santamaría

A vice-presidente do Governo espanhol confirmou, esta quarta-feira, que Madrid admite suspender totalmente ou parcialmente a autonomia da Catalunha se os dirigentes separatistas não renunciarem à declaração de independência, num prazo de 24 horas.

“Carles Puigdemont vai provocar a aplicação do artigo 155 da Constituição” que permite suspender a autonomia, disse Soraya Saenz de Santamaria.

O Governo vai contactar o PSOE e o Ciudadanos antes de aplicar o artigo 155 porque quer contar “não só com a maioria absoluta do Senado”, mas também com uma ampla maioria do Congresso” disse ainda a vice-presidente do Executivo do Partido Popular.

A posição do Executivo foi transmitida durante uma sessão do Congresso, em Madrid, que ainda decorre, e após uma pergunta do líder do Ciudadanos, Albert Rivera, numa altura em que faltam 24 horas para a resposta ao segundo requerimento dirigido ao presidente da Generalitat.

Esta segunda-feira, Puigdemont enviou uma carta a Mariano Rajoy a propor diálogo, sem precisar se declarou ou não a independência da região. Na missiva enviada ao Governo central, dá uma margem de “dois meses” e quer fixar “o mais rapidamente possível” uma reunião para explorar eventuais acordos.

O Governo não considerou válida a resposta dada pelo chefe do executivo regional da Catalunha, tendo dado o prazo até quinta-feira para que o líder catalão volte atrás.

Esta terça-feira, milhares de catalães saíram à rua para protestar contra a detenção de dois responsáveis independentistas acusados de sedição. Em causa está a decisão de um juiz de instrução que colocou em prisão domiciliária Jordi Cuixart e Jordi Sanchez, da Omnium Cultural e a Assembleia Nacional Catalã (ANC), respetivamente.

ZAP // Lusa

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