O primeiro-ministro defende limites às pensões mínimas e diz que aumentos na função pública só em 2018. António Costa admite nova tributação indireta no Orçamento do Estado para o próximo ano, confirmando também uma “tributação do património imobiliário de luxo”.
Costa antecipou, em entrevista ao Público, algumas das prioridades do Orçamento do Estado para 2017.
O PM diz-se favorável à introdução de regras para a atribuição das pensões mínimas – a chamada “condição de recursos”, ou seja, a prova da verdadeira situação de rendimento dos pensionistas -, explicando que “nem todas correspondem a baixos rendimentos“.
O único estudo conhecido sobre este assunto, feito há cerca de dez anos, assegurava que apenas 31,25% os beneficiários destas pensões eram considerados pobres.
Em entrevista ao Diário de Notícias na semana passada, um dos seus autores, Carlos Farinha Rodrigues, referia que um aumento como pedem PCP e BE não ajudaria a reduzir as desigualdades entre os idosos.
“Não se me afigura que esse aumento seja o tipo de medida que vai reduzir a pobreza dos idosos”, disse.
Na entrevista, cuja segunda parte será publicada na terça-feira, António Costa frisa que a reposição de salários da função pública fica concluída este mês mas que só em 2018 está previsto retomar “atualizações” e “encarar questões de fundo relativamente às carreiras”.
O primeiro-ministro também não considera oportuna uma tributação de ações e investimentos.
“É provável que no próximo ano haja também outra tributação indireta”, diz António Costa quando questionado sobre se vão subir os impostos indiretos.
“Nos mesmos impostos que aumentaram no ano passado?”, questionam os jornalistas. E diz Costa: “Não sei. Pode haver outra tributação indireta. O país tem de fazer escolhas“.
Ainda sobre o mesmo assunto, Costa diz que “há outros impostos especiais sobre o consumo que dependem de escolhas individuais: produtos de luxo, tabaco, álcool”.
A “tributação do património imobiliário de luxo” também vai ter “uma alteração”.
Sobre o crescimento da economia este ano, diz que “tudo converge” para que seja superior a 1%, ms não “muito acima”, o que “só demonstra” que é preciso “prosseguir a reposição de rendimentos e a criação de condições para poder haver investimento”.
No Orçamento do Estado o Governo previa inicialmente um crescimento de 1,8% da economia este ano, valor que reviu para 1,4% em julho.
ZAP / Lusa
OE 2017
-
9 Dezembro, 2016 Bruxelas pede mais eficiência da despesa pública em 2017
-
28 Novembro, 2016 OCDE duvida das contas do défice de Portugal para 2017
-
23 Novembro, 2016 Economistas dão nota negativa ao Orçamento (mas é o melhor desde 2010)
-
19 Novembro, 2016 Erros nas declarações automáticas de IRS podem ser punidos penalmente
-
16 Novembro, 2016 Bruxelas aprova Orçamento e não vai suspender fundos a Portugal
Nem uma autocrítica!
Apesar de já estarmos acostumados, Costa insistia há um ano em previsões de crescimento que lhe eram atiradas à cara como irrealistas.
Como não se cumpriram. a tributação direta ficou aquém e a receita não chega para pagar despesas e promessas. Mas, claro, não foi por culpa do Costa e do Centeno. Eles estavam certos, a realidade é que esteva errada.
Não há problema, alguém vai pagar a conta. Mas o primeiro-ministro não sabe ainda quem.
Deus o benza…
haha, muito bom comentário: ‘Eles estavam certos, a realidade é que esteva errada.’
Realmente conseguiste resumir a esquerda toda numa frase!
Ha, ha, ha!!! Conseguiste resumir a direita ainda melhor! Ha, ha, ha!!!
Pois, e eu a pensar que ia poder ter uma rara oportunidade de aplaudir uma iniciativa deste “governo”. Tinha ouvido que tinham sugerido um aumento de 10€ para as pensões mais baixas. Afinal a conversa é outra… a do costume…
Porra! Mas… Será que leu a notícia? Ora leia outra vez. Deve ter saltado uma linha ou duas…
Desde que o vão cobrar a quem tem dinheiro de sobra… Por mim tudo bem. Era isso que já se esperava do anterior governo, e não foi assim!
Se antes o cobravam a quem o dinheiro não chegava, nem até ao meio do mês, é bom que vão repondo alguma justiça, devolvendo a quem não lhes chega e cobrando a quem tem de sobra. Não?
É a ignorância a falar.
Costa vai aumentar os Impostos indirectos.
Quando aumenta o ISP, não afecta os ricos. Afecta toda a gente. Mesmo quem não tem carro, pois os transportes também aumentam.
Se o Costa passar o Leite e o Pão para a taxa de 23%, levam todos por tabela.
O aumento do IMI só afecta os ricos ? E os outros onde vivem ?
Costa consegue este milagre: Faz um colossal aumento de Impostos… mas sem austeridade !
Comentário incrivel, especulativo e irreal, só possivel vindo de alguém ressabiado de direita.
Especula sobre o aumento do ISP. Especula sobre o “SE” aumentarem o IVA no pão e leite para 23%. Especula no IMI…enfim
Das duas uma, ou não faz ideia do que está a dizer ou então comenta, ao estilo de “incendiário”, sem saber mas somente para gerar a confusão.
Caro senhor, os aumentos de impostos, previstos para 2017, situam-se na esfera dos indirectos (logo há salvaguarda dos impostos directos que recaem sobre os rendimentos das pessoas) e, dentro destes, o imposto sobre bens de LUXO, o tabaco e o alcool. Não se percebe onde foi buscar o ISP, visto que este nem sequer foi mencionado, aliás nem faria sentido, porque se trata dum imposto cujos moldes de aplicação são oscilantes em função da variação do preço do crude. Aumentos do IVA para o pão e leite? Bem, aqui, nem vale a pena comentar de tão absurdo.
Quanto ao IMI, percebe-se que para si aplicar o IMI numa “barraca” é o mesmo que o aplicar numa casa “normal”, ou uma casa de residencia é o mesmo que uma casa de férias. Caro senhor, a menos que ache bem que o dono da PT, cuja “modesta casinha” de 800m2, paga menos IMI do que o comum cidadão que vive do seu salário, num apartamento de 2 ou 3 assoalhadas, ou do ex presidente que pagava um IMI da sua “modesta moradia de luxo” no algarve, muito inferior ao que deveria pagar, essa sua interpretação dum possivel aumento de IMI para certo tipo de gente, que abusiva e maldosamente generalizou (porque se trata dum imposto camarário onde muitas camaras optam até por baixá-lo, como por exemplo onde vivo, Sintra) é desprovida de sentido.
Por fim, espero que o ZAP não faça como habitualmente e publique os meus comentários.
É isso mesmo “Eu Mesma”, estou consigo, partilho da sua opinião. Quanto ao Sr. Carlos, que a está a chamar de ignorante, pelos vistos tem alguma dificuldade na leitura de textos, deveria talvez voltar à escolinha primária…”tributação do património imobiliário de luxo” -> DE LUXO, sabe o que isso quer dizer ou quer que eu lhe envie o atalho do Wikipedia?
Concordo em absoluto com a primeira frase, mas “Era isso que já se esperava do anterior governo”… Já!? Tem a certeza? Terá ouvido o Passos a dizer que o país tinha de empobrecer? O que era e foi de esperar foi o que aconteceu, e cobrar “a quem tem dinheira de sobra” foi (e será – SEMPRE!) a última coisa que lhes passará na cabeça …
Há um ano atras este sr. dizia que não havia razão p/ os impostos que os portugueses estavam a pagar que ele “milagreiro” tinha a solução p/ tudo e todos. Já temos aumentos de impostos “indiretos” e está a anunciar que vamos ter mais impostos p/ 2017, indiretos ou diretos NÂO DEIXAM DE SER IMPOSTOS. Estes politicos de meia tigela é sempre a mesma M—- . São um bando de MENTIROS, VIGARISTAS, embora este NUNCA me enganou, Não é necessário ser um genio p/ se ver que onde não há dinheiro não temos pão. Faz um favor ao povo Portugues : EMIGRA.
E Para Goa e que esteja lá muitos anos e leve também o centeno e muitos vigas que andam por aí a enganar-nos
A ignorância aqui é galopante. Irra! O Costa NUNCA disse que tinha a solução milagreira. NUNCA disse que não iria aumentar os impostos (que, caso não saiba, é a maior parte da receita para o Estado, necessária para gerir esse mesmo). NUNCA disse que tinha solução para tudo! Disse, isso sim, que a solução austera era totalmente desnecessária e inconsequente (nunca foram atingidas as metas com a austeridade que parece gostar). Disse que seria possível chegar às metas “forçadas” pela “União” (que de união não tem nada) de outra forma que não atinngir sempre os mesmos, os pobres…
Mas eu já percebi. Para além de ser pró austeridade cega, é também racista. Fico feliz por saber que sofreu muito quando o Costa foi indigitado como Primeiro Ministro! Faça-me um favor: EMIGRE!
a mim este também nunca me enganou. Na verdade nem este nem nenhum dos outros.
as meninas do BE vão ficar bastante mais interessantes de cabeça enterrada na areia com a vergonha e ” de quatro “.
Curioso… Diz que “a mim este também nunca me enganou” e, no entanto, continua enganado. Deixe lá. Uns têm outros… não.
Tal como já referiu a oposição temos novos impostos todas as semanas…
As promessas do PS que tanto criticou o anterior Governo já caíram na lama. Agora toca a fazer como os outros… mais e mais impostos…
Mas se no anterior governo quase todos pagavam agora à um basto conjunto de funcionários públicos que não paga. Ainda vão ver repostos os cortes de que foram alvo. E os trabalhadores do Sector Privado? Esses não tem direitos?
Apesar de ter votado no PSD por não acreditar em tamanha reviravolta do pais face às promessas do PS até à pouco tempo atrás dava a mão à palmatória e acreditava que algo estava efectivamente a mudar mas agora acredito que não.
Vamos voltar ao mesmo. Impostos e mais impostos sempre que as receitas não forem as necessárias.
Mas deixo aqui como exemplo de mediocridade e de hipocrisia o caso do PCP, que diz lutar pelos Direitos dos Trabalhadores e das Classes mais desfavorecidas, mas ao ver a possibilidade de ser taxado IMI aos Imóveis do Partido já se manifestou contra porque entende que deve ser exceção à regra. Enfim, tal como muitos, desde que não me cobrem toca a avançar…
Será que já viu onde eles realmente estão a “impostar”? Veja melhor. “até à (escreve-se “há” e não “à”) pouco tempo atrás (se é há pouco tempo, não é necessário dizer “atrás”) dava a mão à palmatória”. E o que é que o fez mudar de ideias? A tributação aos ricos? Será? Vamos a ver se nos entendemos: Se temos que cumprir os compromissos assumidos (por umas grandes bestas) com a troika, é necessário receitas. Ora se a geringonça do Passos e do Portas, fartaram-se de vender empresas rentáveis a estrangeiros (EDP, CTT, etc) a preço de saldo, onde acha que se vai buscar o “pilim”? É nos impostos, claro! Agora a diferença (e muito por culpa do BE e do PCP) está na faxa económica (que incomoda muita gente o que acho estranho, uma vez que os ricos são uma minoria) “atingida”. Se esteve minimamente atento á realidade destes últimos anos (20, 30 anos) apercebeu-se que os que pagavam as favas eram sempre os mesmos. Curioso quando finalmente alguém vira as “baterias” para aqueles que mais têm, fica tudo doido dizendo “toca a fazer como os outros… mais e mais impostos…”. O que está errado neste cenário?
A falta de criatividade contínua, está visto que ps, be e pcp é a mesma m….que psd
governar com impostos até o meu cão governava…Força Pretogal…….
A parvoíce parece que domina mais, Alex. Especialmente se acredita que é possível (seja onde for) governar sem impostos. Enfim…
Dantes era a seco, agora é com vaselina.
Se for a seco para os ricos e com vaselina para os pobres, que seja! Levamos sempre. Com a outra “geringonça” só nós (os pobres) levavamos (a seco ou amolhado). Eram os ricos que nos “davam”. Era assim que gostava? Pois eu não!
Quando é que estes ergónimos escroques entendem que não mais espaço para impostos?
QUANDO É QUE VAI PERCEBER QUE AINDA HÁ MUITA MARGEM PARA IMPOSTOS… PARA OS RICOS!?
Ultimamente o que mais se tem ouvido falar na comunicação social são aumentos de impostos e atenção que o senhor Costa já apareceu hoje na TV a falar em modificações nas prestações sociais mais baixas não as considerando todas justas tendo em conta existirem segundo ele pessoas sem tal necessidade, para quem ainda há bem pouco tempo era tão socializante nesta área nada mal tal ideia.
Quando se quer ouvir “bogalhos” quando alguém fala em “alhos”, não há nada a fazer. É uma opção de vida.
Simpatias politicas á parte, quem é que não conhece casos de pessoas que, tendo trabalhado toda a vida, sempre fizeram descontos numa lógica de “minimo possivel” só para terem acesso á baixa e a uma pensão. O que muitos fizeram anos e anos foi ganharem mil ou dois mil e descontavam sobre o minimo, porém, durante todos esses anos amealharam esse dinheiro e agora, chegados á reforma, pretendem ter uma pensão igual aqueles que sempre descontaram sobre o que realmente ganharam. Não pode ser.
Se a prova de condição de recursos tem por objectivo, como parece, aplicar alguma justiça no calculo da pensão, para mim é benvinda e só tem a temer quem prevaricou.
O TRETAS está a falar de uma situação muito estranha, se a pessoa descontou pouco será sobre apenas o que descontou que terá de ter direito à reforma, penso que sempre assim foi, que depois do 25 de Abril se andou a dar reformas de invalidez a torto e a direito a muita gente lá isso foi verdade mas isso faz parte de outra história felizmente já passada. Já agora aproveitando a sua resposta ao CARLOS sobre impostos lá veio mais o anúncio de mais um desta vez sobre o açúcar, brevemente esperamos que venham sobre a pimenta e o sal mais o luar que o sol já se paga e boa noite para si e bom sono e aproveite enquanto este não for taxado também.
Você é que é bem estranho… Já agora, escreve-se “Socialismo”.
Está enganado.
Sempre disse que acho os impostos uma ferramenta necessária quando se vive num Estado Social, e é necessária porque não acredito, numa “responsabilidade socia” aplicada pelas empresas e não concebo uma Seg. Social “concessionada” a privados, como a direita sonha fazer. E sabe porquê? Porque o ser humano é ganacioso por natureza, está na génese humana ser assim, ora, como é assim, não acredito que privados possam gerir com justiça social tal mecanismo de protecção social. Os ricos estão-se nas tintas para os pobres, aliás, quanto mais gente pobre, inculta e miserável houver, tanto melhor para eles, pois assim podem impôr melhor a sua filosofia de espezinhamento e exploração humana.
Quando li a sua referência ao meu comentário, relativamente ao “Carlos” pensei que o tivesse “chocado” mais, a realidade que referi, que aliás está em linha com a ganacia dos ricos que referi antes, e que é o escandalo de haver gente muita rica a pagar por casas de luxo, um IMI muito reduzido, de “fazer corar” qualquer cidadão bem formado humanamente, contribuinte comum, que viva do salário médio, numa casa banal de 2 ou 3 assoalhadas. Enganei-me. Pelos vistos o senhor apoia isso.
Fala do PS como partido de “xuxas”, talvez o entenda assim porque já vi que lhe faz confusão tudo o que são apoios sociais para PESSOAS COMUNS, que vivem com dificuldades para manter um minimo, repito, um minimo só, de dignidade. Presumo, pelo seu raciocinio, que concorda com apoios estatais de milhões para empresas privadas, mal geridas, or oportunistas que se encheram à conta de todos nós, contribuintes. Portanto, diz que os pobres são xuxas, parasitas e outras coisas mais mas, os ricos, que são igualmente oportunistas, que roubam o Estado, para si já não são XUXAS. É, de facto, curiosa essa mentalidade.
Por fim, caro amigo, eu sou adepto dum ESTADO SOCIAL mas, NÃO sou adepto dum ESTADO SOCIAL BANDALHEIRA. Entende a diferença?
Cumprimentos para si e, bons sonhos.
Irra, imaginação para criar e /ou aumentar impostos para sacar dinheiro aos contribuintes não falta, agora, para tornar a dita “classe baixa” na dita “classe média” é que são parcos nas ideias!
Irra digo eu! Acho muito bem a imaginação para criar impostos para os ricos (quantos mais melhor!). Quanto à classe baixa, não se esqueça que quem contribuiu para o aumento dessa faxa foi o “seu” Governo (depreendo que seja laranja ou algo do género – se não fôr peço desculpa). Vai dar muito trabalho para recuperear da merd… feita em quatro anos e meio! É preciso sim, muita imaginação!