Milhares de londrinos saíram à rua para protestar contra o Brexit

Sean Dempsey / EPA

Milhares de britânicos manifestaram-se hoje, em Londres, contra a saída do Reino Unido da União Europeia, nove dias depois do referendo no país que decidiu um ‘Brexit’.

Um longo cortejo seguiu em direção ao parlamento, desde Park Lane, no centro da capital britânica, com os manifestantes a empunharem dezenas de bandeiras europeias e a gritarem “Nós te amamos, União Europeia“.

De acordo com uma sondagem para a BBC, 16% dos britânicos que votaram no referendo pensam que o seu país permanecerá na União Europeia e 22% não sabem se o Reino Unido sairá.

48% dos votantes estimam que eleições legislativas devem ocorrer antes da abertura das negociações para a saída do país da UE.

Os principais pretendentes à sucessão do primeiro-ministro conservador David Cameron são os ministros do Interior, Theresa May, e da Justiça, Michael Gove.

Ambos os candidatos adiantaram que não iriam iniciar o processo do ‘Brexit’ antes do final de 2016, senão mesmo em 2017, o que suscitou críticas por parte do Presidente francês, François Hollande.

O nome do sucessor de Cameron, que anunciou a sua demissão na sequência dos resultados do referendo, deverá ser conhecido a 9 de setembro.

Theresa May é apontada como a candidata favorita, uma vez que conta com o apoio de cerca de uma centena de deputados conservadores, contra 20 para Michael Gove, segundo os media britânicos.

Sean Dempsey / EPA

Os manifestantes empunharam dezenas de bandeiras europeias e gritaram “Nós te amamos, União Europeia”.

A rainha Isabel II abriu hoje a quinta sessão do parlamento escocês sem mencionar, no seu discurso, o ‘Brexit’. A monarca apelou, antes, à tranquilidade, num “mundo com desafios crescentes”.

A primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, disse que a Escócia vai continuar “a desempenhar o seu papel numa Europa mais forte”.

A maioria dos votantes escoceses, 62%, optou pela manutenção do Reino Unido na União Europeia. Nicola Sturgeon admitiu, face aos resultados, a possibilidade de um novo referendo sobre a independência da Escócia.

/Lusa