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MP vai ter que apresentar acusação a Sócrates até 15 de setembro

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Arquivo ITU

O ex-Primeiro-ministro José Sócrates

O ex-Primeiro-ministro José Sócrates

O diretor do DCIAP definiu 15 de setembro como prazo para a acusação a José Sócrates, mas admite que este pode ser alargado por “razões justificadas e fundamentadas”.

A data do fim da investigação ao ex-primeiro-ministro e os outros 12 arguidos foi adiantada na tarde desta quarta-feira, num comunicado da Procuradoria-Geral da República.

O diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, Amadeu Guerra, “decidiu fixar o dia 15 de
setembro de 2016 como prazo limite necessário para concluir o presente inquérito” em que José Sócrates está a ser investigado por corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais.

Só então se saberá se o ex-primeiro-ministro será acusado pelo Ministério Público ou se o processo será arquivado.

José Sócrates foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, por suspeitas dos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito, e esteve em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Évora durante mais de nove meses.

A medida de coação do ex-primeiro-ministro foi alterada a 4 de setembro de 2015 para prisão domiciliária com vigilância policial, e desde outubro que está em liberdade, embora proibido de se ausentar de Portugal e de contactar com outros arguidos do processo.

ZAP

3 Comments

  1. Ah! Bem até 15 de Setembro esse génio da investigação (PM do pool Correio da Manha) ainda pode dar um saltinho à praia. Não há mesmo pachorra

  2. Não acho que seja uma vergonha.
    Acho sim, se me é permitido achar seja lá o que fôr, que o projecto foi levado adiante em primeiro lugar de forma triunfante, qual exército a entrar pela avenida principal, e que progressivamente se foi perdendo pelos becos e labirintos.
    Agora, ao ponto em que chegou, as peças estão disseminadas por ruelas e travessas, e precisam de muito mais tempo para tentar reagrupar-se e voltar a montar o cenário em movimento pré-fabricado que progressivamente foi mudando de perspectivas até chegar ao ponto em que eles mesmo, os que iniciaram a marcha, já não o reconhecem.
    Deverá ser muito difícil sustentar a acusação inicial como se depreende de fazer depender esta da tábua de salvação de umas cartas rogatórias. Todas as certezas da detenção inicial, todos os dados irrefutáveis dependentes agora, depois de tanto tempo de investigação, de umas cartas que poderão levar muito tempo a chegar, e poderão nunca chegar até se alguém antecipadamente sussurrar que elas não contém nada pelo qual anseiam.
    Este prolongamento do prazo é a confissão antecipada de um fracasso, e isso sim, longe de ser uma vergonha, poderá ser o ponto da reviravolta, dum contar da história do fim até ao princípio. Será aí que se marcará o encontro com as sombras de alguns senhores dos anéis. Talvez nunca se lhes chegue a ver os rostos, talvez nunca surjam mais do que a suspeita de umas sombras, talvez rolem algumas cabeças, as da arraia mais miúda, como de costume. Agora a condenação preventiva ninguém nunca jamais irá conseguir reverter e é ai que a escuridão deixará escapar talvez um breve brilho de satisfação, um misto entre o reflexo dos anéis e as coroas dentárias sorridentes.
    Mesmo que nunca acusem, eles já ganharam, Se alguém tiver de pagar alguma coisa, nunca serão eles; os culpados por tudo a ter de fazê-lo, Pagarão os mesmos, os do costume….

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