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26 dias de Gaza: mortos e feridos, danos materiais, economia devastada

Jordi Bernabeu / Flickr

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O conflito entre Israel e o Hamas matou, desde 08 de julho, mais de 1700 palestinianos e 64 soldados israelitas, destruiu milhares de habitações e arruinou mais uma economia já de rastos, segundo números de diversos organismos internacionais.

Após 26 dias de conflito, são estes os números:

Mortos e Feridos

De acordo com um balanço das autoridades da Saúde locais, mais de 1.700 palestinianos foram mortos.

A Organização das Nações Unidas (ONU) conseguiu verificar a identidade de 1.117 mortos, 926 dos quais eram civis (83 por cento).

A Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) contabilizou pelo menos 296 menores.

Os números mais recentes do ministério da Saúde palestiniano apontam para 8.920 feridos.

Israel perdeu 64 soldados, o maior número de baixas sofrido desde a sua guerra contra o Hezbollah libanês, em 2006.

Três civis, um dos quais tailandês, foram mortos por um dos 3.032 ‘rockets’ disparados pelo Hamas, segundo uma contagem do exército israelita.

Deslocados

Segundo a ONU, 280.000 pessoas estão alojadas nos seus centros e nos das autoridades locais, ou seja, 15% da população de Gaza.

Juntamente com aqueles que encontraram guarida em casa de familiares, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima em 400.000 o número de deslocados – o equivalente a se 1,85 milhões de nova-iorquinos ou 500.000 parisienses se vissem obrigados a abandonar as suas casas.

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As habitações de 9.815 famílias ficaram completamente destruídas

As habitações de 9.815 famílias ficaram completamente destruídas

Dimensões dos danos e das necessidades

É necessário apoio psicológico para 326.000 menores (UNICEF).

Milhares de engenhos por explodir estão espalhados por toda a Faixa de Gaza (ONU).

10 dos 32 hospitais encontram-se encerrados e 11 ficaram parcialmente destruídos (OMS).

As habitações de 9.815 famílias (cerca de 58.900 pessoas) ficaram completamente destruídas (ONU).

O Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (Ocha) avalia que são necessários mais de 390 milhões de dólares (mais de 290 milhões de euros), 43 por cento dos quais estão já cobertos pelos doadores, segundo um balanço feito a 28 de julho.

A OMS estima que os fundos de que dispõe representam apenas 6% das suas necessidades.

Beligerantes

O Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IIEE) atribui ao Hamas 20.000 combatentes, 10.000 dos quais serão os mais treinados pelo seu braço armado – um número difícil de verificar.

As Brigadas al-Qods da Jihad Islâmica indicam ter 8.000 homens.

O exército israelita deu conta de 320 combatentes palestinianos mortos, na segunda semana do conflito. A ONU conseguiu confirmar a identidade de 191 dos mortos.

De acordo com os dados mais recentes (2011) do Instituto de Estudos sobre a Segurança Nacional israelita, o exército de Israel tem 176.500 soldados e 445.000 reservistas (86.000 dos quais foram mobilizados).

Desconhece-se, contudo, quantos estão a combater em Gaza, uma informação submetida a censura.

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43,4% dos cidadãos da Faixa de Gaza têm menos de 14 anos

43,4% dos cidadãos da Faixa de Gaza têm menos de 14 anos

População

Segundo o Instituto Palestiniano de Estatísticas, 43,4% dos cerca de 1,8 milhões de cidadãos da Faixa de Gaza têm menos de 14 anos.

A taxa de crescimento anual da população é de 3,7% e a média de idades é 18 anos.

A organização não-governamental israelita Gisha estimava, mesmo antes da guerra, que faltavam 259 escolas em Gaza, nomeadamente por causa da inexistência de materiais de construção, imputável ao embargo israelita.

Com os combates, a situação piorou: 137 escolas sofreram danos, de acordo com a ONU.

O enclave palestiniano não dispõe, além disso, de infraestruturas proporcionais aos 1,8 milhões de habitantes que se amontoam em 362 quilómetros quadrados, em particular em termos de distribuição de eletricidade e água.

Economia

A taxa de desemprego ultrapassa os 40%, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Era ligeiramente inferior a 20 por cento em 2000 e de 30 por cento em 2011. Em circunstâncias normais, mais de 70% da população já dependia da ajuda humanitária, segundo a Gisha.

/Lusa

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