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Wuhan, primeiro epicentro da covid-19, é o destino turístico mais popular da China

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Roman Pilipey / EPA

O feriado do Dia Nacional da China, que iniciou a 01 de outubro e tem a duração de oito dias, marcará o maior movimento de pessoas desde antes da pandemia, permitindo ao país, onde surgiu pela primeira vez o novo coronavírus, mostrar que a vida voltou ao normal.

Durante a “Golden Week”, os viajantes chineses devem fazer 600 milhões de viagens domésticas, de acordo com um novo relatório da operadora de viagens chinesa Trip.com. “A procura turística reprimida durante nove meses provavelmente será libertada nesses oito dias”, referiu a empresa num comunicado enviado à Fortune.

O feriado, contudo, deve ficar aquém das 782 milhões de viagens que os chineses fizeram durante o mesmo período do ano passado. Apesar disso, devido à contenção de casos de covid-19 no país, as autoridades estão confiantes de que a indústria do turismo esteja pronta para continuar a sua recuperação.

“Estamos relativamente otimistas sobre a economia do turismo na segunda metade de 2020”, informou a China Tourism Academy num relatório recente.

De acordo com a Trip.com, a Yellow Crane Tower, em Wuhan – cidade onde surgiu a covid-19 – ficou em primeiro lugar na lista dos locais turísticos mais procurados para o feriado, seguida da Disneyland de Xangai e dos Guerreiros de Terracota de Xi’an.

A demanda de viagens para Wuhan demonstra a confiança dos turistas chineses no tratamento da pandemia no seu país. O governo chinês tem também alertado os cidadãos sobre os riscos das viagens internacionais, fazendo com que os turistas chineses continuem a adiar as deslocações ao exterior.

Em comparação com 2019, a receita proveniente do turismo na China deve cair 52% este ano, com o número de viagens a diminuir 43%, para 4,43 mil milhões, apontou a China Tourism Academy. Ainda assim, essa indústria começou a recuperar, uma vez que o surto doméstico de covid-19 no país está sob controle.

O primeiro grande teste para a recuperação do turismo na China surgiu na primavera, quando o país voltou a permitir deslocações internas de lazer durante o feriado de 1.º de maio e cerca de 80 milhões de chineses viajaram pelo país. Em julho, a China diminuiu as restrições a viagens e reabriu o turismo em grupo entre as províncias.

A Fortune avançou que, tanto o Governo chinês como a indústria de viagens do país encara o feriado de outubro como uma oportunidade para convencer os céticos sobre a segurança das viagens domésticas.

Dados da Organização das Nações Unidas para o Turismo (OMT) mostram que, no início deste mês, que 115 dos 217 destinos globais ​​começaram a reduzir as restrições de viagens para turistas estrangeiros. No final de agosto, 24 países reabriram totalmente as suas fronteiras aos chineses, permitindo-lhes entrar sem quarentena, indicou Wolfgang Georg Arlt, diretor do China Outbound Tourism Institute, num relatório sobre as viagens na China.

Contudo, mesmo com o recuo das medidas de contenção e das restrições, os turistas chineses – que representam a maior fonte mundial de viajantes estrangeiros – podem demorar para retornar ao estrangeiro.

No fim de setembro, os Centros de Controle de Doenças da China divulgaram um conjunto de diretrizes de segurança para viagens enquanto a pandemia se mantém, informando que a China apresenta um baixo risco de infeção por covid-19, mas que grande parte do resto do mundo apresenta alto risco de contágio.

ZAP //

3 Comments

  1. Querem ver que agora o vírus ainda vai originar mais uma boa forma de receita para a China! Originaram o vírus, despacharam o vírus e agora fazem negócio como o mesmo mostrando ao mundo a paz social que o mesmo deixou, tudo muito estranho!

  2. Eu só acho interessante o seguinte, em todos os lugares a pandemia nao dá tregua, na Europa mesmo voltou a subir o numero do casos. E estranhamente na China que começou a disseminacao do VIRUS praticamente nao tem casos e nem mortes.

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