Director da Polícia Judiciária falou sobre a investigação ao ataque informático que ainda afecta a operadora e muitos serviços.
Os piratas que conseguiram condicionar, ou mesmo quebrar, as comunicações operadas pela Vodafone não exigiram qualquer resgate. Pelo menos, até agora.
Carlos Cabreiro, director da unidade de cibercrime da Polícia Judiciária, conversou com os jornalistas nesta terça-feira sobre o ataque informático que afectou a operadora em Portugal.
A investigação criminal, com colaboração de autoridades de outros países, pretende, não só descobrir quem são os autores do crime, como também perceber os seus efeitos colaterais. Para já, nenhum resgaste foi pedido.
Poderá haver ligação com ciberataques anteriores – Parlamento ou Impresa – mas ainda é “prematuro” confirmar essa associação.
Esta conferência de imprensa aparece curiosamente no Dia Internacional da Internet Segura e o Carlos Cabreiro lembrou que “a dimensão global do ciberespaço tem potenciado o aumento deste tipo de ataques que, em regra, assumem uma dimensão internacional“.
Além dos telemóveis e dos serviços de comunicações em milhares de casas em Portugal, foram afectados outros sectores como INEM, rede Multibanco e bombeiros. “Estas dificuldades estão unicamente relacionadas com esta situação concreta da operadora de telecomunicações”, confirmou Cabreiro.
Ao início da noite desta terça-feira a Vodafone anunciou que iniciou o restabelecimento dos serviços na rede 4G.
Mário Vaz, presidente da Vodafone, havia dito que este ataque foi “criminoso e terrorista”.