O Governo da Madeira vai desencadear uma campanha de testagem massiva da população da região, ainda sem data, que será gratuita, para aferir da evolução da pandemia da covid-19 no arquipélago, anunciou este sábado o presidente do executivo regional.
“Vamos iniciar uma nova etapa no controlo e deteção da covid-19 na Madeira, que é uma campanha de testagem massiva de toda a população”, disse o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, no âmbito da visita que efetuou este sábado ao centro de vacinação no Madeira Tecnopolo, no Funchal.
Neste espaço está em curso o processo de vacinação dos docentes e pessoal auxiliar das escolas da região, num total de 10.700 pessoas, que deverá estar concluído domingo, referiu.
O chefe do executivo madeirense de coligação PSD/CDS adiantou que esta testagem da população do arquipélago “já está organizada, em cooperação com a Associação de Farmácias e Ordem dos Farmacêuticos”, complementando que “será monitorizada e acompanhada pela Direção Regional de Saúde”.
“Será gratuita para todos os cidadãos”, assegurou o governante insular, explicando que “será um passo muito importante” para que as autoridades de Saúde da Madeira tenham “dados concretos sobre a evolução da pandemia na região”.
Segundo Miguel Albuquerque, esta ação vai permitir ter informações “mais objetivas sobre a forma como a Madeira está a lidar com a doença e quais os dados da vacinação na população”.
O responsável madeirense referiu que esta testagem vai-se “iniciar brevemente” e está a ser ultimada pelas autoridades regionais.
Miguel Albuquerque considerou que as operações de testagem dão maior “fiabilidade e muita segurança” na tomada de decisões por parte das autoridades.
O líder regional indicou que a campanha vai acontecer depois da testagem dos alunos das escolas da região, programada até 16 de abril.
Sobre a vacinação dos docentes e pessoal auxiliar, apontou que vai possibilitar “no próximo dia 12 [segunda-feira] iniciar as aulas presenciais para todos os ciclos na região com as melhores condições de segurança”.
Na passada quinta-feira, cerca de sete mil alunos do ensino secundário voltaram às escolas, depois de estarem em ensino à distância desde 11 de janeiro. Na próxima segunda-feira, será a vez de aproximadamente 8.700 alunos do terceiro ciclo retomarem as aulas presenciais.
Miguel Albuquerque desvalorizou as questões em torno da administração da vacina da AstraZeneca, considerando que tudo é “uma guerra comercial ou de laboratórios”.
O presidente do Governo da Madeira insistiu que o objetivo na região é ter “o mais rapidamente possível a população vacinada, no sentido de, no fim do verão, ter imunidade na região”.
Albuquerque reforçou que a vacinação dos trabalhadores ligados ao setor do turismo é outra das medidas a adotar pelo Governo Regional, visando a sua proteção com a abertura da região ao exterior, recordando que “a Madeira nunca esteve fechada”, tem recebido turistas e o problema está no encerramento dos mercados emissores.
O governante insistiu na previsibilidade de um aumento de casos nos próximos dias, depois da entrada em circulação de mais de 58 mil pessoas, com a retoma das aulas presenciais para os alunos do secundário e 3.º ciclo.
Miguel Albuquerque rejeitou também a possibilidade da aplicação de uma cerca sanitária no concelho de Machico, que, na sexta-feira, registava 10 dos 14 novos casos de covid-19, atestando que as cadeias de transmissão estão “identificadas e controladas”.
Segundo os últimos dados da Direção Regional de Saúde (DGS), a Madeira registou 14 novos casos de covid-19 na sexta-feira, 41 doentes recuperados e um total de 8.549 casos confirmados desde o início da pandemia.
// Lusa
Coronavírus / Covid-19
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