“Vai ser fácil”: Afinal, Portugal vai ter Pichardo nos Jogos Olímpicos

Diego Azubel / EPA

Pedro Pablo Pichardo conquistou a medalha de Ouro de triplo salto nos jogos Olímpicos de Tóquio 2020

“Se estiver preparado e bem de saúde”, Pedro Pablo Pichardo vai representar Portugal nos Jogos Olímpicos. A garantia foi dada esta quinta-feira por Jorge Vieira, presidente da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA).

Afinal, o campeão olímpico do triplo salto Pedro Pablo Pichardo vai marcar presença nos Jogos Olímpicos Paris 2024.

“O Pedro Pablo Pichardo, se estiver bem preparado e se estiver com boa saúde, vai participar nos Jogos Olímpicos, asseguro-lhe”, disse Jorge Vieira, em declarações à agência Lusa, à margem da apresentação da 24.ª edição dos Campeonatos Nacionais de corta-mato curto, realizada em Mira, distrito de Coimbra.

“Garantia. Se estiver bem de saúde e tecnicamente preparado, que as duas coisas estão juntas, normalmente, garanto-lhe que o atleta vai participar”, reafirmou o dirigente federativo.

No entanto, Jorge Vieira recusou adiantar mais pormenores, nesta fase, sobre como se efetuará a participação de Pedro Pablo Pichardo, atleta que atravessa um período de indefinição desportiva, estando lesionado e em recuperação, desde maio de 2023.

“Não posso dizer mais do que isto. Mas vai ser fácil”, asseverou.

O que se passa com Pichardo?

Pedro Pablo Pichardo, de 30 anos, não compete desde maio de 2023 e, em divergência com o Benfica, clube com o qual está ligado contratualmente até aos Jogos Olímpicos Los Angeles 2028, ainda não aceitou o processo de filiação na plataforma da FPA.

Também em declarações à Lusa na semana passada, o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, manifestou-se “muito preocupado” com a situação desportiva de Pablo Pichardo.

“Ele está lesionado, está a ser tratado e acompanhado, mas, simultaneamente, há um processo desportivo, de filiação, que não está assegurado. Há um conflito latente com o clube que, até à presente data, ainda não terá sido ultrapassado”, afirmou, na altura, o dirigente olímpico.

“Sem a filiação desportiva do atleta, seja qual for o clube, e mesmo que esteja superada a lesão, há um impedimento do ponto de vista da participação desportiva. Portanto, é necessário que, por um lado, se resolva a situação da filiação desportiva e, simultaneamente, o atleta possa recuperar da lesão que o tem afetado há vários meses”, explicou José Manuel Constantino.

Depois do ouro em Tóquio 2020, disputados em 2021, Pichardo conquistou os títulos mundiais e europeus ao ar livre, em 2022, e o continental em pista coberta, em 2023, antes de falhar os Mundiais de Budapeste em 2023, por lesão.

O atleta já admitiu que quer deixar Portugal. Pichardo só não pode é voltar a mudar de nacionalidade, para saltar por outro país, uma vez que já representou oficialmente duas nações (Cuba e Portugal), não podendo, segundo o Comité Olímpico Internacional, representar uma terceira.

ZAP // Lusa

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