Campeão olímpico já tinha dito que quer sair do Benfica. Não vai estar nos Mundiais e é provável que não salte para Paris, nos Jogos Olímpicos.
Portugal conseguiu uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. Mas dificilmente vai repetir o feito em 2024 com o mesmo atleta, já que Pedro Pablo Pichardo nem deverá ir a Paris no próximo Verão.
O especialista em triplo salto nasceu em Cuba mas desertou do país americano. Representa Portugal há cinco anos, já repetiu o orgulho de pertencer ao país, mas o cenário está mais complicado agora.
Oficialmente o campeão europeu, mundial e olímpico do triplo salto está a recuperar de lesão. Está sem entrar em pistas desde Maio do ano passado.
Mas ainda não fechou a sua filiação na Federação Portuguesa de Atletismo – e, sem isso, não há qualquer hipótese de estar nos Jogos Olímpicos porque nem pode participar em qualquer prova de qualificação.
Mas há outra questão: o Benfica.
O Tribuna Expresso reforça o que já se suspeitava: o clube nem sabe do seu atleta. Pichardo deixou de comunicar com o Benfica.
O clube já submeteu o contrato na Federação Portuguesa de Atletismo. Mas Pichardo não validou o documento. Sem isso, não há Paris (nem outra prova qualquer).
A federação, que tem um fisioterapeuta a acompanhá-lo, ainda acredita que o processo será resolvido a tempo.
E o atleta já admitiu que quer deixar de viver em Portugal e, logicamente, deixar de ser atleta do Benfica – embora o contrato seja válido até 2028.
Recorde-se que, no final de 2023, José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal, disse publicamente que Pichardo deverá deixar Portugal (mudar de clube, não mudar de nacionalidade).
No entanto, mesmo que nunca mais salte por Portugal, Pedro Pichardo não vai saltar por outro país: já representou oficialmente duas nações (Cuba e Portugal), não pode representar uma terceira, segundo o Comité Olímpico Internacional.
Quando alguém cospe no prato onde come, dá nisto! Em meu entender, dada as circunstancias da sua atitude em não querer competir por Portugal, a FPA deveria tirar o apoio do fisioterapeuta que está a ser pago pela FPA.
O Nelson Évora estava certo, é um oportunista!
Ser português implica querer ser português e pertencer à nossa comunidade. Não me parece que seja o caso com este cubano. Devia-se pensar duas vezes antes de oferecer a nossa nacionalidade a pessoas assim. A dignidade vale mais do que umas medalhas…