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Vacinação da faixa etária 20-29 começa a “meio de julho”

Mário Cruz / Lusa

Luís Marques Mendes

No habitual espaço de comentário na SIC, este domingo à noite, Luís Marques Mendes anunciou que a vacinação dos jovens entre os 20 e os 29 anos vai, afinal, começar a “meio de julho”.

A vacinação da faixa etária 20-29 anos vai arrancar a “meio de julho”, anunciou Luís Marques Mendes este domingo à noite, no seu habitual espaço de comentário na SIC.

Segundo o comentador, as autoridades estão a preparar uma “campanha de sensibilização para os jovens se vacinarem” e esta antecipação acontece porque a estratégia da task force é abrir logo o “grupo” seguinte assim que se atingir a meta de 50% de vacinados com a primeira dose na faixa dos 30-39.

A informação foi confirmada à Lusa por uma fonte da task-force de vacinação. Sem precisar uma data exata, assumiu que será “em julho, de certeza”, antecipando que terá início, provavelmente, em “meados ou final”, uma vez que antevê “muito difícil” que isso possa acontecer no início do mês.

Segundo o Observador, o antigo líder do PSD falou também na redução de 12 para oito semanas entre as duas doses da vacina da AstraZeneca, adiantando que, “a meio de julho, este grupo terá a vacinação completa”.

Em Lisboa, será reativado o centro de vacinação no estádio universitário, de modo a acelerar o processo de vacinação. Será “militar” dado que vai ser dirigido por médicos e enfermeiros das Forças Armadas, revelou.

No Porto, as autoridades ponderam adotar uma medida semelhante.

Já quanto aos imigrantes não regularizados, Marques Mendes anunciou que vão começar a ser vacinados, com o processo a ser concentrado aos fins de semana.

Aplicação do certificado digital “cá dentro”

Na próxima quinta-feira, e de acordo com as informações avançadas por Luís Marques Mendes na SIC, o Governo vai “determinar a aplicação do certificado covid cá dentro, entre nós, em Portugal”.

“É um decreto-lei que vai ser aprovado para entrar em vigor o mais rápido possível, porventura no início de julho”, detalhou.

Desta forma, quem tiver o certificado digital poderá ter acesso sem restrições a casamentos, espetáculos e jogos de futebol. A medida será aprovada na quinta-feira, em Conselho de Ministros.

Apesar de considerar que, com esta medida, o Executivo “vai num bom caminho e numa boa direção”, Marques Mendes disse que o uso do certificado covid “deveria ser ponderado também para restaurantes”, uma vez que considera “preferível exigir um certificado covid para entrar num restaurante do que obrigar o restaurante a fechar mais cedo”.

“Mancha no currículo” de Medina

O conselheiro de Estado elogiou a rapidez com que a auditoria feita pela Câmara de Lisboa ao envio de dados de ativistas a embaixadas estrangeiras foi feita e apresentada, mas apontou várias críticas ao sucedido.

“Não sei se isto vai ter influência nos resultados eleitorais”, afirmou, adiantando que, mesmo assim, não tem dúvidas sobre a “mancha no currículo” do presidente da Câmara Municipal de Lisboa. “É difícil não ter influência na carreira política de Fernando Medina.”

Sobre o envio de dados pessoais de manifestantes a embaixadas, Marques Mendes salientou três aspetos que considera “assustadores”.

“A primeira coisa assustadora é o seguinte: estamos a falar da maior Câmara do país, que devia ser minimamente motivo de exemplo, e nesta Câmara acontecem duas coisas inaceitáveis. O despacho de António Costa, em 2013, não foi cumprido e a lei de proteção de dados de 2018 não foi respeitada”, indicou.

Em segundo lugar, “é assustador também que não haja um sistema de fiscalização e escrutínio interno sobre o funcionamento da Câmara, ou seja, tudo pode acontecer, parece que a Câmara está em autogestão”. “É destas maneiras que se fomenta a corrupção”, sublinhou.

Por último, “ficámos a saber agora, preto no branco, que na Câmara Municipal de Lisboa o contacto com países e autoridades estrangeiras é feito por funcionários e não por políticos”, rematou o comentador.

Liliana Malainho, ZAP //

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