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Vacina contra o coronavírus não chega a tempo de travar epidemia

Luca Zennaro / EPA

Uma eventual vacina eficaz no combate ao novo coronavírus não deverá chegar a tempo de travar a epidemia, saliente o infecciologista Vítor Laerte.

O surto de coronavírus, originário de Wuhan, tem-se espalhado aos poucos por todo o mundo. Ainda sem um tratamento disponível, o vírus tem assustado as pessoas e até alguns especialistas. De acordo com o infecciologista Vítor Laerte, citado pela revista Sábado, um eventual tratamento ainda demorará a chegar.

Quanto às vacinas, por exemplo, “provavelmente para esta epidemia já não haverá uma a tempo“, realça o especialista. “Já existem protótipos, mas é preciso saber se não são tóxicas em seres humanos, se geram a imunidade desejada. Primeiro, têm que passar em testes in vitro, depois nos animais e nos humanos. Demora tempo“, explica Laerte.

A farmacêutica Moderna Therapeutics já tem doses de uma vacina para o vírus de genoma de RNA. No entanto, como realçou Laerte, ainda demora tempo até que seja considerada viável. Há ainda questões burocráticas, salienta o médio da CUF.

“Impossível em Portugal a gente conseguir testar uma droga nova sem passar por ensaio clínico, sem estar aprovada pelo Infarmed”, atirou.

Vários investigadores estão a testar novos tratamentos para combater o Covid-19. Uma das possibilidades a ser testada é usar plasma de sobreviventes do coronavírus em novos doentes. “Para infeções respiratórias? Desconheço. Fazemos por exemplo em sarampo, a varicela, hepatite B, usamos em imunocomprometidos que não tenham sido vacinados”, explicou, referindo que em doentes respiratórios – como é o caso do Covid-19 – isto não é feito.

ZAP //

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