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Ursula Von der Leyen foi a Estrasburgo tentar ganhar a confiança dos eurodeputados

Patrick Seeger / EPA

Ursula Von Der Leyen, ministra da Defesa alemã

A candidata indicada pelos líderes europeus para a presidência da Comissão Europeia deslocou-se a Estrasburgo, em França, para se apresentar aos eurodeputados. Os encontros com Socialistas e Verdes não se concretizaram.

Ursula von der Leyen foi o nome indicado na terça-feira pelos líderes dos 28 Estados-membros da União Europeia (UE) para suceder ao luxemburguês Jean-Claude Juncker na presidência da Comissão Europeia.

Para tentar ganhar a confiança do Parlamento Europeu, a atual ministra da Defesa alemã deslocou-se, esta quarta-feira, a Estrasburgo, em França, onde esta semana se sentaram pela primeira vez os eurodeputados eleitos nas eleições europeias de maio passado.

“É aqui que bate o coração da democracia europeia”, afirmou a ministra alemã, depois de um breve encontro com o italiano David Sassoli, que ontem foi eleito presidente do PE.

Tenciono ouvir muito, de forma a desenvolver, nas próximas duas semanas, um diálogo com o Conselho e o Parlamento, uma visão para os próximos cinco anos para a Europa”, declarou von der Leyen em declarações à imprensa.

Após uma campanha para as eleições europeias “longa e difícil”, é agora “decisivo mostrar a nossa unidade e paixão comum pela Europa, que é tão importante neste mundo e que deve ser audível e visível”, disse ainda.

Durante um encontro com os deputados do Partido Popular Europeu (PPE), a sua família política, a alemã “foi principalmente apresentada, e também explicou a respetiva carreira”, disse uma fonte parlamentar, citada pelas agências internacionais. “Falou em três línguas [alemão, inglês e francês]” e “respondeu a algumas perguntas”, afirmou a mesma fonte.

A alemã, que chegou a ser considerada como a sucessora da chanceler Angela Merkel, tentou também contactar com os Socialistas e os Verdes, no entanto, segundo apurou o Expresso junto de fonte parlamentar, os dois grupos não se mostraram disponíveis.

Para se tornar a primeira mulher presidente da Comissão Europeia, a vice-presidente da União Democrata-Cristã (CDU) terá de conseguir a aprovação do Parlamento Europeu numa votação prevista para 17 de julho. Se não tiver pelo menos 376 votos dos 751 eurodeputados, não será eleita e os líderes europeus terão de apresentar um outro nome.

No acordo alcançado pelos Vinte e Oito, ficou ainda decidido que o belga Charles Michel assumirá a presidência do Conselho Europeu, o espanhol Josep Borrell o cargo de Alto Representante da UE para a Política Externa e a francesa Christine Lagarde o Banco Central Europeu (BCE).

ZAP // Lusa

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