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Um ano depois, apenas 3 taxistas compraram carro eléctrico

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mariordo59 / Flickr

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Quase um ano depois de a Câmara de Lisboa e as associações de taxistas terem assinado um protocolo para a aquisição de veículos elétricos, apenas três foram adquiridos, revelou esta terça-feira o presidente da Federação Portuguesa do Táxi (FPT).

A pouca duração da bateria e o longo tempo de carregamento são os principais fatores apontados pela FPT e pela Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (Antral) para a pouca procura de carros elétricos.

“Há um inconveniente que é a autonomia da bateria. É muito reduzida e torna-se muito complicado para um taxista. A não ser que não aposte em serviços fora da cidade”, disse à Lusa o presidente da FPT, Carlos Ramos.

Segundo o responsável, um carro elétrico que faça serviço de táxi tem de “parar duas ou três vezes para carregar porque tem pouca autonomia e não há carregamentos rápidos”.

Apesar disso, continua a defender que se trata de uma “boa opção” para quem se dedique a serviços na cidade.

Também o presidente da Antral, Florêncio de Almeida, disse à Lusa que o principal problema é que os carros elétricos “não têm autonomia suficiente para trabalhar” e “perde-se muito tempo para os carregar”.

A agência Lusa tentou obter um comentário da Câmara de Lisboa à pouca procura de veículos elétricos através deste protocolo, mas até ao momento não foi possível.

Assinado a 8 de agosto de 2013, o protocolo contempla a cedência de 60 mil euros, a repartir entre as duas associações, para apoiar a compra de 20 veículos movidos a energia elétrica.

Prevê ainda que cada taxista receba três mil euros de apoio, cerca de 12% do custo total de cada viatura.

O objetivo era renovar 20 viaturas, uma ‘gota de água’ face ao número de táxis a circular abaixo da norma “Euro 3”, ou seja, anteriores a 2000, portanto, mais poluentes.

A Câmara de Lisboa pretendia assim melhorar a qualidade do ar e o ruído na cidade.

/Lusa

2 Comments

  1. Acho extraordinário 3 terem comprado, pois os postos de abastecimento rápido que foram comprados e pagos pelo anterior Governo, continuam desde 2011 encaixotados na Efacec!!! Assim é impossível avançar a mobilidade eléctrica!

  2. Pois para além dos inconvenientes a nível de bateria e preços das viaturas, temos agora o da electricidade que começou por ser de borla e agora anuncia-se já o pagamento, a partir daqui tudo irá no caminho dos combustíveis fósseis com impostos sobre impostos e começa-se a aperceber da cilada que os governantes nos armam, portanto seremos sempre um país sem escapatória, barram-nos todos os caminhos possíveis para uma situação mais favorável e onde sonhar parece ser uma miragem.

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