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Governo ucraniano volta a pedir caixa negra de avião comercial derrubado no Irão

Abedin Taherkenareh / EPA

Queda de um Boeing 737-800 no Irão

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmitri Kuleba, insistiu esta segunda-feira junto do homólogo iraniano para que o Irão entregue as caixas negras do avião comercial da Ucrânia derrubado há três meses em Teerão e que Kiev nunca recebeu.

Num contacto telefónico com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Mohammad Javad Zarif, Kuleba “insistiu na entrega das caixas negras à Ucrânia, no cumprimento da Convenção de Chicago (sobre a aviação civil internacional)”, refere uma nota da diplomacia de Kiev.

No passado mês de fevereiro, o ministro iraniano da Defesa, Amir Hatani, disse que a caixa negra do avião que foi derrubado por um míssil “estava gravemente danificada” e que tinha de ser reparada antes de ser descodificada.

Zarif indicou a Kuleba que Teerão pretende investigar a tragédia “o mais depressa possível” para que sejam esclarecidas todas as circunstâncias do incidente, apontar os responsáveis para que sejam julgados.

O chefe da diplomacia do Irão recordou que várias pessoas foram detidas durante as investigações. Kubela insistiu também na necessidade de indemnizar as famílias das vítimas.

A bordo do Boeing 737 da UIA viajavam 176 pessoas: 82 iranianos, 63 canadianos e 11 ucranianos (dois passageiros e nove tripulantes), dez suecos, quatro afegãos, três alemães e três britânicos.

O aparelho despenhou-se no sul de Teerão no passado dia 8 de janeiro, atingido por um míssil iraniano depois de ter descolado do aeroporto internacional Imã Komeni, com destino a Kiev.

O derrube do avião comercial ucraniano, que o Irão qualificou de acidental, ocorreu depois do ataque com mísseis contra bases aéreas onde estão instalados militares norte-americanos no Iraque.

Segundo Teerão, tratou-se de uma resposta contra o assassínio do general Suleiman que comandava a Guarda Revolucionária, dias antes, em Bagdad. O oficial iraniano foi morto por um míssil disparado pelos Estados Unidos.

// Lusa

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