O primeiro encontro desempenha um papel fundamental em qualquer tipo de relacionamento, pois é o momento inicial em que duas pessoas se conhecem e começam a construir uma impressão recíproca.
As primeiras impressões podem ser feitas em frações de segundo, e esses julgamentos podem ter uma influência duradoura.
É assim imprescindível compreender o impacto que essa impressão tem sobre a possibilidade de uma relação futura, seja ela romântica, de amizade ou de parceria.
Além disso, o primeiro encontro estabelece o tom para a comunicação, a confiança e a atração entre as partes envolvidas.
Não se pretende que este primeiro encontro seja uma entrevista. A ideia é que a conversa possa fluir e que, com genuína curiosidade e interesse, possa ficar a conhecer mais sobre a pessoa que tem à frente.
Para isso, existem temas que podem ser debatidos e que ajudam a perceber se vocês têm valores, interesses e propósitos comuns, bem como, permitem gerir as expectativas sobre a tipologia desta relação (uma bela amizade, uma linda história de amor, ou simplesmente, duas pessoas estranhas que passaram um bom momento).
Então, que temas serão importantes perceber neste primeiro encontro?
Um dos temas mais importante é sobre as expectativas sobre a relação. Este tema é importante já que permite compreender o que a outra pessoa procura numa relação e se vocês partilham as mesmas expectativas sobre esta relação que estão a começar a criar.
Outro tema, passa pelos valores pessoais. Os valores pessoais são fundamentais para qualquer relação. Saber se as vossas crenças são semelhantes em relação à família, amizade ou até questões sociais pode ser determinante para o futuro do relacionamento.
Estas questões ajudam a avaliar a conciliabilidade emocional e a ética comum.
Também perguntar sobre religiosidade e espiritualidade pode ser importante, já que este tema pode influenciar profundamente os valores e as decisões de vida de uma pessoa.
Na mesma lógica de ajuste de expetativas, poderá também ser importante perceber se a pessoa tem algum plano familiar e se tem, ou pretende ter um projeto de parentalidade.
É claro que, num primeiro encontro, não estamos automaticamente à procura de uma parceria para um projeto de parentalidade, mas é importante perceber se existe um plano comum nesta área, já que, se não houver, pode ser um fator determinante para o fim da relação.
Outro tema que pode ser importante conhecer no primeiro encontro passa pela história dos relacionamentos anteriores.
Claro que não se pretende que passem o vosso primeiro encontro a autopsiar as relações passadas, porém, esta pergunta permite perceber quão resolvidas estão as relações passadas, e também as razões pelas quais essas relações terminaram.
Dica: se a pessoa culpa sempre a outra pessoa pelo fim da relação, pode ter dificuldade em responsabilizar-se pelas suas atitudes, o que pode antecipar dificuldades relacionais.
Também pode ser fulcral perguntar sobre os interesses e os passatempos que as pessoas têm. Perguntar sobre hobbies e interesses ajuda a entender o que a outra pessoa gosta de fazer nos tempos livres e permite encontrar pontos em comum que podem fortalecer a conexão.
Também pode ajudar a perceber se há interesses que possam ser alinhados, como uma paixão por viagens, desporto, ou até mesmo um interesse por filmes ou livros. Desta forma, podem descobrir algo que gostam de fazer em conjunto, o que pode ser uma ótima base para futuros encontros.
Finalmente, querer conhecer quais são os objetivos de vida da pessoa, as suas ambições profissionais e planos de futuro, será importante, já que as mesmas poderão interferir com a relação. Ou seja, perceber se as duas pessoas têm objetivos que se complementam ou se há grandes diferenças que podem afetar o relacionamento.
Embora estes temas possam ajudar a entender melhor a outra pessoa no primeiro encontro, é essencial lembrar que o objetivo não é fazer um questionário, mas sim manter uma conversa aberta, curiosa e genuína. Permita que o diálogo flua e evite a pressa de cobrir todos os temas de uma só vez.
Cada relacionamento tem o seu ritmo único, e o mais importante é criar uma conexão autêntica, atenciosa e respeitadora.
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