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Tsipras pede empréstimo imediato de 7 mil milhões para evitar colapso da Grécia

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Julien Warnand / EPA

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras

O primeiro-ministro da Grécia Alexis Tsipras solicitou aos credores internacionais um empréstimo imediato de sete mil milhões de euros, para fazer face à situação de emergência que o país atravessa.

A notícia é avançada pela Agência italiana Ansa, que salienta que Tsipras solicita que este “empréstimo transitório” seja concedido num “prazo de 48 horas“, de modo a evitar o colapso financeiro da Grécia.

O pedido terá sido feito pelo primeiro-ministro grego antes do início da reunião do Eurogrupo, que arrancou ao meio-dia (hora de Lisboa), e que vai discutir a situação grega.

Eurogrupo espera propostas “credíveis” de Atenas

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, disse esta terça-feira que espera ouvir “propostas credíveis” por parte do novo ministro das Finanças grego, Euclides Tsakalotos, na reunião onde se vai discutir o caminho a seguir relativamente à Grécia

“Esperamos novas propostas do Governo grego”, disse Dijsselbloem, sublinhando que estas devem ser “credíveis”.

“Esperamos que as propostas sejam credíveis, para bem da zona euro e da Grécia”, afirmou.

Euclides Tsakalotos, que não fez declarações à entrada para a reunião, substitui Yanis Varoufakis, que se demitiu esta segunda-feira do cargo de ministro das Finanças grego.

Já o comissário europeu Pierre Moscovici disse que as instituições estão “disponíveis para trabalhar” em direção a um acordo mas, tal como o presidente do Eurogrupo, reiterou a necessidade de propostas “concretas”, “tangíveis” e “credíveis” para serem discutidas.

O responsável na Comissão Europeia pelos Assuntos Económicos e Financeiros afirmou ainda que neste Eurogrupo não será discutida qualquer reestruturação da dívida pública grega.

Por seu lado, o ministro da Eslováquia, Peter Kazimir, que tem sido muito crítico do Governo grego, disse estar muito “cético” de que se encontre uma solução hoje, afirmando que é preciso decidir para que lado se pende face à Grécia, em vez de prolongar discussões, e não excluiu uma saída do Euro.

Sobre um alívio da dívida, Kazimir considerou que esse é o “assunto mais delicado” entre os Estados-membros.

A reunião dos ministros das Finanças da zona euro antecede a de chefes de Estado e de Governo dos 19 países da moeda única, ambas para decidir o que fazer após o referendo de domingo, na Grécia, na sequência da vitória clara do “não”, à última proposta apresentada pelos credores.

É esperado que nas reuniões de hoje sejam apresentadas novas propostas de Atenas com vista a um terceiro programa de resgate (sem que o segundo tenha sido concluído), numa altura em que os bancos continuam encerrados na Grécia e mantém se o limite de levantamento diário de 60 euros por pessoa.

ZAP / Lusa

9 Comments

  1. O líder perdeu a vergonha? Mais dinheiro? Ao fim de 5 meses e um referendo não tem programa de ajustamento credível?
    O povo grego votou em “consciência” questão demasiado técnica ou deixou-se instrumentalizar por estes revolucionários da treta. Continuam a pedir e sem reformar a economia grega… Abusam da solidariedade dos cumpridores porque o maior receio dos credores – Portugal 1,8MilMilhões – é a possibilidade de não recuperarem mais o que lhes emprestaram.
    Governos sucessivos do PS de lá propiciou (eleitoralisticamente) que a reforma per capita lá ronde 3000,00€ – cá é 2000,00€ – um país cuja grande fatia provém do turismo! Lá como os candidatos a governar cá querem uma economia assente no consumo interno (importações =desequilíbrio da balança de transações)!
    Na maioria das capitais europeias fazem-se Kms para encontrar um restaurante e até uma pastelaria. Cá é nas “4 esquinas do mesmo cruzamento” ou paredes meias…

    • Muito bem, 2000,00 € per capita… em que o grosso das reformas não vai muito além dos 300,00 a 400,00 €. Porém temos um per capita de certo modo invejável…
      São os euros das reformas privilegiadas a diluírem-se nas reformas de miséria. Cá como lá, na Grécia…
      Lá, na Grécia, como cá, foram-lhes dando corda para se enforcarem (que é como quem diz, dando crédito a governos de direita e incentivando a que se endividassem), agora querem fazer do povo seus escravos,

      • Comentário desempoeirado mas!
        Concordo com a corda toda embora a forca e escravatura sejam demasiado tétricas devo uma analogia:
        O chefe sabia que as cenouras faziam andar os onagros (burro selvagem asiático) só que eram tantos e sendo ele um só com tanta cenoura acabou por ter de ser ele a dar corda aos sapatos à frente da manada. Anafado, engolido pelos outros, empanturrados, prostraram-se gordos ao lado do escravo da cenoura!
        Não foram cá e lá os da dirª que empanturram o povo com crédito à mão de semear! Lá o PASOK e cá o PS com o suprapatrocínio do banco de “família” do regime que em menos de nada de 3º banco comercial passou a 1º banco “parceiro” de tropelias e apesar de tesos, se mais tempo houvera mais… TGV,Pontes, Barragens, Aeroporto – O de Beja inaugurado e parado a apodrecer. Ora se o dinheiro não existia e deles não vinha só podia ser de “credores” e sob condições – Quem deve paga. Não são eles, porque eles foram eleitos para gerir dinheiros de todos. Nós é que os pusemos lá e, repare, não fomos todos mas todos devem pagar!

  2. Agora os credores respondem o quê?!
    NÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOO
    Democracia sem trabalho e sem dor, é uma tragédia grega!

  3. Caro Viés. Reforma per capita em Portugal 2.000 euros!!!??? Deduzo que esteja a referir-se ao valor anualizado. Mesmo considerando esse horizonte temporal, continua incorreto… embora esteja mais próximo.

    Veja aqui o valor médio anual das pensões de velhice, invalidez ou sobrevivência pagas pela Segurança Social:
    http://www.pordata.pt/Portugal/Pens%C3%A3o+m%C3%A9dia+anual+da+Seguran%C3%A7a+Social+total++de+sobreviv%C3%AAncia++de+invalidez+e+de+velhice-706

    • Obrigado pela observação e divulgação do link do mui querido íntegro António Barreto.
      Bebi algures aqueles números, procurei e não os encontrei. Contudo se aplicar a incidência de 17,5% – Grécia e 13%-Portugal sobre o PIB per capita, dados consolidados de 2012, terá 2 080,00 e 3062,50 respectivamente Portugal e Grécia.
      Bons ventos

    • Escreveu: “Estou sempre” e isso é demasiado vago para se aproximar da minha realidade. A sua só se realiza por comezinhos “já está…” e “nas horas” que sendo universais não deixam de ser tempo exclusivo. Pessoal. Meu.
      Protejo a minha integridade não me expondo a tentativas de extrapolação “cor de rosa”. À cautela ainda lhe digo que sou um peludo que conhece o seu lugar na “matilha”!!! Não se meta por ali.

  4. Terminaram os gestos de solidariedade… A 60€/dia, bancos encerrados indeterminadamente, a Grécia não paga, não pode ou não faz por isso e os montantes envolvidos passarão a gestos de caridade(zinha)… Ao que um plebiscito inócuo levou o povo grego – Nova tragédia grega.
    Um país do “consumo interno” despesista sem reformas nem poupança-investimento – onde depois de 37 anos de descontos e aos 53 anos podia-se reformar com pensão total, país onde profissões como padeiro, massagista e cabeleireira eram tidas como profissões “árduas e insalubres”, além dessas um profissional do trombone podia reformar-se aos 53 anos, por ser considerada uma profissão de desgaste rápido. Um berço de gorduras “crédito à mão de semear” onde qualquer reforma estrutural empancava nos gordos instalados… Os mesmos que “em consciência” lá deixaram indefinidamente os socialista do pazok, lá como cá, depois do povo, os verdadeiros responsáveis pela solidariedade dos “terroristas” do eurogrupo – Restar-nos-á caridade em vez da inicial solidariedade. Os milhões esses “…do nada voaram”.

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