/

Trump não quer falar com Xi Jinping. E pondera cortar relações com a China

1

Dan Scavino / Wikimedia

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o Presidente da China, Xi Jinping

O Presidente dos Estados Unidos não quer falar, por agora, com o seu homólogo chinês, ameaçando cortar relações com Pequim por causa da pandemia.

“Tenho um relacionamento muito bom (com Xi Jinping), mas neste momento não quero falar com ele”, disse Donald Trump, durante uma entrevista à estação televisiva Fox Business.

Os EUA e a China estão numa escalada de tensão, com acusações mútuas sobre erros e omissões na luta contra a propagação do novo coronavírus. Washington acusa Pequim de ter negligenciado os riscos da pandemia na sua fase inicial, e o Governo chinês denuncia a ineficácia norte-americana na crise sanitária.

Trump admite mesmo retaliações contra Pequim, acusando-o de ter omitido informações importantes sobre o novo coronavírus, que poderiam ter impedido a pandemia.

“Há muitas coisas que podemos fazer. Podemos romper todas as relações. Se fizéssemos isso, o que aconteceria? Economizaríamos 500 mil milhões de dólares (cerca de 460 mil milhões de euros)”, acrescentou o Presidente norte-americano.

Entretanto, as autoridades norte-americanas emitiram um alerta para o perigo de hackers apoiados pela China que estarão a tentar roubar pesquisas e outros dados relacionados com tratamentos e vacinas para a covid-19.

Presidente repreende Anthony Fauci em público

De acordo com o jornal Público, Trump repreendeu em público o cientista Anthony Fauci, um dos responsáveis da Casa Branca que tem dado a cara pelo combate à pandemia nos Estados Unidos.

Fui surpreendido com a resposta dele. Não é uma resposta aceitável, especialmente em relação às escolas”, afirmou o Presidente, horas depois de o cientista ter pedido cautela no regresso das crianças aos estabelecimentos de ensino.

“A ideia de que vamos ter tratamentos ou uma vacina para permitir o regresso dos alunos às escolas no outono é exagerada. Se tivéssemos uma vacina, o assunto ficaria arrumado de uma forma positiva. Mas, mesmo à velocidade a que temos andado, não cremos que tenhamos uma vacina a tempo de permitir que os alunos regressem às escolas este período”, afirmou Fauci numa audição perante a Comissão de Saúde do Senado.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (1,88 milhões), embora com menos mortes (113 mil contra 161 mil).

ZAP // Lusa

1 Comment

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.