O próximo encontro entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, vai realizar-se no final de fevereiro, anunciou na sexta-feira a Casa Branca.
O anúncio foi feito depois de uma reunião de Trump, durante cerca de uma hora e meia, com um enviado norte-coreano, Kim Yong Chol, e o secretário de Estado, Mike Pompeo, para preparar o encontro entre Trump e Kim.
Ainda não é conhecido o local para esta segunda cimeira, mas segundo a BBC, há quem especule que o encontro poderá ter lugar no Vietname.
Depois desta reunião, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse que as negociações sobre a desnuclearização continuam, acrescentando ainda que “os Estados Unidos vão continuar a pressionar e sancionar a Coreia do Norte”.
Também na sexta-feira o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que já era altura de negociações sérias entre norte-americanos e norte-coreanos para definir uma rota negocial que conduzisse à desnuclearização da península coreana.
Guterres disse, em conferência de imprensa na sede da ONU que uma rota negocial permitiria a cada parte “saber exatamente quais seriam os próximos passos e ter previsibilidade sobre a forma como as negociações iriam decorrer”.
No início deste ano, durante o seu discurso de ano novo, Kim Jong-un afirmou que o país continua focado no processo de desnuclearização e sinalizou a intenção de se encontrar novamente com Trump. “Estou disposto a sentar-me novamente com o presidente dos EUA a qualquer momento”, disse Kim.
Contudo, Kim ameaçou uma mudança de postura se os EUA continuassem a sua campanha de sanções e pressão sobre o país pelo desmantelamento do seu programa nuclear. “Se os EUA julgarem erradamente a nossa paciência”, afirmou, “não temos escolha a não ser proteger a soberania e os interesses supremos do nosso país e procurar um novo caminho para alcançar a paz e a estabilidade na península coreana”.
Em resposta, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou estar “ansioso” para se reunir com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, que “percebe tão bem que a Coreia do Norte possui um grande potencial económico”.
Na cimeira histórica realizada em junho, em Singapura, entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, os dois países concordaram em “trabalhar para a completa desnuclearização da península” coreana, mas até à data os progressos têm sido simbólicos, devido à ausência de um roteiro para o desarmamento.
De forma a avançar com o processo, Pyongyang tem insistido na remoção das sanções lideradas pelos EUA contra o país.
Os Estados Unidos pretendem continuar as sanções a Pyongyang, enquanto o regime não avançar no processo de desnuclearização e exigem que a Coreia do Norte tome medidas concretas, enquanto o regime norte-coreano pede que um tratado de paz seja assinado antes para ajudar a garantir a sua sobrevivência.
ZAP // Lusa