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Trump diz que Estado Islâmico vai “pagar caro” por qualquer ataque aos EUA

Jonathan Ernst / Reuters

Donald Trump

O Presidente norte-americano prometeu que o autoproclamado Estado Islâmico “pagará caro” qualquer ataque contra os Estados Unidos.

A promessa, feita no Twitter, surge depois de o Estado Islâmico ter reivindicado o atentado de terça-feira em Nova Iorque, que provocou a morte a oito pessoas. Segundo Donald Trump, os militares norte-americanos “atacaram muito duramente” o grupo extremista nos dois últimos dias.

“O EI assegura que o animal degenerado que matou e feriu gravemente gente maravilhosa no West Side (em Manhattan) era um seu ‘soldado’.

Por causa disso, o exército norte-americano “bombardeou mais duramente o ISIS nos últimos dois dias. Pagarão caro por cada ataque contra nós“, escreveu Trump.

O grupo Estado Islâmico afirmou, esta quinta-feira, que o autor do atentado, Sayfullo Saipov, um cidadão uzbeque que chegou em 2010 aos EUA, é um dos seus “soldados”.

“Um dos soldados do Estado Islâmico atacou os cruzados numa rua de Nova Iorque”, indicou o grupo num comunicado publicado no seu órgão de propaganda online, o Al-Naba.

“Pela graça de Alá, a operação desencadeou o medo na América dos cruzados, pondo em causa as medidas de segurança e a intensificação dos dispositivos contra os imigrantes na América”, lê-se no comunicado.

Nos primeiros interrogatórios, o atacante jihadista, de 29 anos, ferido e detido depois pela polícia, explicou ter agido “em nome do EI” e declarou-se “orgulhoso” do ato, afirmando ainda que gostava de ter uma bandeira da organização terrorista no quarto do hospital.

Esta quinta-feira, e já depois de ter assumido a possibilidade de enviar o autor do ataque para Guantánamo, base militar norte-americana situada em Cuba, Trump pediu que Saipov fosse condenado à pena de morte.

Apesar de o estado de Nova Iorque não prever a pena capital, tendo a prisão perpétua como pena máxima, Saipov pode ser condenado à morte num julgamento federal por terrorismo.

No ataque de terça-feira, uma carrinha conduzida pelo imigrante uzbeque foi para cima de uma ciclovia e atropelou várias pessoas, matando cinco argentinos, dois norte-americanos e uma belga.

Saipov, de 29 anos, chegou aos EUA em 2010 e estabeleceu-se no estado do Ohio. Segundo o jornal norte-americano New York Times, casado e com dois filhos, trabalhava como motorista da Uber e já estaria no radar da polícia norte-americana.

“Ele era muito gentil. Parecia gostar dos EUA. Estava sempre feliz, falador, dizia que estava tudo bem. Não se parecia com um terrorista, mas eu não o conhecia assim tão bem”, disse um seu conterrâneo ao NYT.

Na mesquita que frequentava uma ou duas vezes por mês era visto como calado, sem se lhe conhecerem pontos de vista radicais. No entanto, outros imigrantes uzbeques que o conheciam descrevem-no como conflituoso, capaz de ser agressivo quer por causa de discussões triviais quer por conversas sobre temas como o Médio Oriente.

O mais recente ataque foi o primeiro em Nova Iorque com registo de mortes desde os atentados contra o World Trade Center em 11 de setembro de 2001.

ZAP // Lusa

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