O Tribunal Constitucional chumbou esta segunda-feira o nome “Chega” proposto pela coligação que junta o movimento Chega, o Partido Popular Monárquico, o Partido Cidadania e Democracia Cristã e o movimento Democrático 21 na corrida às eleições europeias que se realizam a 26 de maio.
Os juízes do Palácio Ratton consideram que o nome pode gerar confusão nos eleitores com o movimento de André Ventura – que seria o cabeça-de-lista desta coligação – cuja formação enquanto partido ainda não foi aceite legalmente.
Em declarações ao jornal Público, Ventura diz que “já não sabe” se vai ser candidato. Esta mudança de posição prende-se com a obrigação, decretada pelo tribunal, de alterar o nome da coligação nas duas próximas semanas.
O político diz ainda estar “desiludido” com uma decisão que, no seu entender, “não é justa”. Quanto à justificação apresentada pelo Tribunal, André Ventura não vê “como é que isto impede a coligação de se chamar Chega”, não deixando claro ao diário se vai ponderar recorrer da decisão ou se esta decisão representa o fim da coligação que tinha sido formalizada na semana passada.
Ao Correio da Manhã, o cabeça de lista André Ventura afirmou estar “triste” e “revoltado” com a decisão do Tribunal Constitucional.
Fonte do Partido Cidadania e Democracia Cristã, que faz parte da coligação proposta para as eleições europeias, afirmou em declarações Observador que, para concorrerem vão ter de alterar o nome. “Corremos o risco de, se mantivermos o nome, ter o nome chumbado”.
A coligação deverá reunir-se esta terça-feira para discutir se mantém ou muda o nome. “O que está a questão é a democracia e a liberdade e não podemos por isso em causa para ser politicamente corretos”, afirmou a mesma fonte ao Observador.
No percurso para a corrida às eleições Europeias, o Chega tem enfrentando alguns problemas como, por exemplo, a entrega de assinaturas irregulares no Constitucional ou a recusa do PPM em ter Ventura como candidato.
Os partidos e coligações que desejem concorrer às próximas eleições têm de apresentar listas até 16 de Abril. As eleições europeias estão marcadas para 26 de Maio.
Nem todos podem entrar sem problemas nesta famosa empresa nacional conhecida pelo nome de “Tachos de Portugal”.
O nome mais correto era mesmo: Chega-lhes, chega-lhes