André Ventura não deverá figurar nas listas ao Parlamento Europeu pela Coligação Chega, depois de o Partido Popular Monárquico ter rejeitado o nome do líder do movimento Chega.
Fonte próxima do processo garantiu ao Público que a coligação entre o PPM e o Partido Cidadania e Democracia Cristã – que conta também elementos dos movimentos Chega e Democracia 21, que também tenta legalizar-se como partido – não está em risco, mas o nome de André Ventura, como cabeça de lista ou mero candidato, foi rejeitado pelos monárquicos.
Nesta quarta-feira tinha sido anunciado que a coligação iria avançar, independentemente da legalização do Chega no TC. O Chega chegaria já às urnas como mera designação da coligação entre PPM e PCDC.
Também já era dado como certo que André Ventura seria cabeça de lista. A apresentação pública da Coligação Chega esteve mesmo marcada para esta quinta-feira, mas a sessão foi entretanto cancelada, sem marcação de nova data. A convocatória prometia a apresentação dos nomes candidatos.
À tarde, em comunicado, a vice-presidente do PPM, Aline Hall de Beuvink, afirmou que a coligação não foi discutida até à comissão nacional desta quarta-feira e que os valores do PPM “não se coadunam” com os princípios do Chega”. A vice-presidente disse ainda não acreditar que a coligação “valorize os ideais monárquicos” e fomente a “participação” dos cidadãos.
Este é mais um percalço para André Ventura. O TC detetou que algumas das assinaturas entregues pelo Chega pertencem a menores de idade e agentes policiais, aos quais está vedada a participação nestes processos.
O Chega voltou à recolha de assinaturas para se formalizar como partido depois de terem sido “invalidadas várias assinaturas”. André Ventura confirmou que foi dado um prazo de dez dias para o Chega corrigir as irregularidades apresentadas.
André Ventura tinha já ameaçado fazer uma vigília à porta do Tribunal Constitucional se o seu partido não fosse legalizado.