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Testes massivos (e alguma “sorte”) podem explicar a baixa letalidade na Alemanha

Clemens Bilan / EPA

Testes massivos e alguma “sorte” podem explicar a baixa letalidade da pandemia da covid-19 na Alemanha que, apesar de ter já registado mais de 80.000 casos positivos, lamenta apenas 1.100 vítimas mortais.

Comparativamente a outros países europeus, como é o caso de Itália ou Espanha, a Alemanha apresenta uma taxa de letalidade muito mais baixa.

De acordo com a cadeia televisiva NBC, este resultado pode estar relacionado com a implementação de testes massivos à população suspeita. Noutros países da Europa, os testes estão apenas a ser realizados em pessoas com sintomas claros da doença.

Karl Lauterbach, professor de Economia da Saúde e Epidemiologia da Universidade de Colónia e membro do Partido Social Democrata da Alemanha (SPD), aponta ainda outro fator: a Alemanha teve alguma “sorte” até agora, uma vez que a “onda de novas infeções” atingiu o país mais tarde do que muitos outros países.

Além disso, continuou o especialista alemão, a pandemia teve menos impacto em território alemão porque as primeiras pessoas que foram infetadas erammais jovens” do que a média das pessoas que vivem no país.

A contribuir para a baixa letalidade está também o facto de o crescimento lento de novos casos ter permitido que os pacientes recebessem tratamento médico adequado em hospitais de referência, incluindo alguns hospitais universitários reconhecidos.

Por último, Lauterbach destaca que a Alemanha modernizou o sistema de saúde nos últimos 20 anos, o que que lhe permite ter “mais leitos hospitalares, ventiladores, unidades de terapia intensiva e médicos do que qualquer outro país comparável da Europa”.

ZAP //

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