O antigo ministro das finanças, António Bagão Félix, considera que podemos estar prestes a ter um “Orçamento de Queijo Limiano 2.0”. As cedências do Governo aos socialistas não agradaram (nem de perto) a toda a direita.
As cedências do Governo às exigências do Partido Socialista (PS), na proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) aborreceu os partidos à direita e até figuras históricas do Partido Social Democrata (PSD).
Manuela Ferreira Leite, em declarações à Antena 1, disse que o Executivo não devia ter cedido às exigências do socialistas, em relação à descida do IRC.
“Lamento que se tenha limitado a redução do IRC a 1%. Não é um benefício para as empresas, que leve a melhorar a produção, o aumento de lucros e a possibilidade de pagar melhores salários. O estigma sobre as empresas é algo que caracteriza as teorias de esquerda, mas conduz ao empobrecimento do país“, considerou a ex-líder do PSD.
António Bagão Félix também lamentou as cedências do Governo, prevendo que, desta forma, vai ser difícil de distinguir o que é um orçamento da AD – Aliança Democrática e um orçamento do PS.
O antigo ministro das finanças disse, à mesma rádio, que Portugal corre o risco de ter um “Orçamento de Queijo Limiano 2.0”. A referência é relativa ao episódio que ficou conhecido como “Orçamento do Queijo Limiano”, no início deste século.
Na altura, num Governo socialista (liderado por António Guterres e sem maioria absoluta), o deputado por Ponte Lima Daniel Campelo (ligado, historicamente, ao CDS) absteve-se, viabilizando dois Orçamentos de Estados – 2001 e 2002 – a troco de vários investimentos públicos no Alto Minho.
O plano orçamental do Governo de António Guterres foi, assim, aprovado com os votos favoráveis do PS, abstenção de Daniel Campelo, e com a restante oposição a votar em bloco contra o diploma.
Bagão Félix diz agora que podemos estar perante “um Orçamento de Queijo Limiano 2.0, porque estamos a falar de detalhes de retalho – quer na questão do IRS Jovem quer na questão do IRC – e depois esquece-se tudo o resto“.
“Há uma pobreza estrutural de discussão. Agora, praticamente chega-se a um ponto em que não se sabe o que é que distingue, nestas matérias, um Orçamento de um Governo da Aliança Democrática e um Orçamento do Partido Socialista” , concluiu.
Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal criticou a proposta que o primeiro-ministro apresentou ao secretário-geral do PS para a viabilização do Orçamento. O liberal repetiu a ideia de que é cada vez mais difícil distinguir AD e socialistas.
Também André Ventura disse, na noite desta quinta-feira, que estamos a assistir a um espécie de governação de bloco central, criticando o executivo por estar a negociar à esquerda e não à direita.
“Está acontecer um espetáculo um pouco deprimente em relação ao Orçamento do Estado, e acho que estamos a assistir àquilo que poderá vir a ser um Governo de bloco central”, considerou o presidente do Chega.
“Depois de umas eleições que deram uma maioria clara à direita, transformarmos um Orçamento igual ou com medidas iguais ao do Partido Socialista é o mesmo que vender a alma ao diabo“, acrescentou.
Mas quando é que o PSdois não faz as vontades ao PSum????
É exactamente a mesma lenga lenga sempre que muda de ps para psd!!! Só cai na conversa quem é pato!
Sim sim, votar no chega (partido racista e xenófobo que protege os ricos) é que de gente muito culta que nem a quarta classe tem. E depois dizem-se da igreja! Haja paciência!