Poucos gostam de Ventura (especialmente as mulheres, os mais velhos e os “mais ricos”)

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António Pedro Santos / LUSA

O presidente do Chega, André Ventura

Ventura é o menos popular dos líderes da oposição e enfrenta forte rejeição nestes grupos, de acordo com nova sondagem. Chega perde força numa direita que cresce, mas que não obtém maioria absoluta.

O presidente do Chega, André Ventura, é o político menos popular no barómetro de janeiro da Pitagórica para o Jornal de Notícias, TSF e TVI/CNN.

O líder do Chega regista 69% de avaliações negativas, com especial rejeição por parte das mulheres (saldo negativo de 50 pontos), dos mais velhos (saldo negativo de 52 pontos) e de pessoas com maior rendimento (saldo negativo de 57 pontos).

O líder do Chega só encontra apoio consistente entre… os eleitores do Chega, onde alcança um saldo positivo de 50 pontos.

Pedro Nuno com saldo negativo

Pedro Nuno Santos, por sua vez, não fica assim tão atrás. Acumula 59% de avaliações negativas e apenas 31% de positivas, resultando num saldo negativo de 28 pontos.  Mesmo entre os eleitores socialistas, o apoio é tímido, com um saldo positivo de apenas 14 pontos.

O líder do PS é particularmente criticado por homens (saldo negativo de 34 pontos), indivíduos entre 35 e 54 anos (saldo negativo de 37 pontos) e pela classe média (saldo negativo de 40 pontos).

Montenegro, o mais popular

O primeiro-ministro Luís Montenegro destaca-se como o político mais popular, com 53% de avaliações positivas e 38% de negativas — um saldo positivo de 15 pontos.

O presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, com um saldo positivo de 10 pontos, também fica aquém do primeiro-ministro.

Tanto Montenegro como Marcelo obtêm 53% de avaliações positivas. A vantagem do líder da AD surge pela menor percentagem de avaliações negativas (38%, contra 43% de Marcelo).

A popularidade do Presidente da República é mais notável entre as mulheres e os mais velhos, ao passo que Montenegro tem boa aceitação em ambos os géneros e maior apoio entre os jovens.

Apesar do desempenho positivo geral, Montenegro enfrenta dificuldades na Região de Lisboa, onde regista um saldo negativo de dois pontos. Contudo, destaca-se no Norte e entre eleitores com maior rendimento, refletindo tendências já observadas nas intenções de voto na coligação AD.

Direita cresce, mas…

… não tem maioria absoluta nesta sondagem feita entre 28 de dezembro e 5 de janeiro.

A Aliança Democrática (AD), composta pelo PSD e CDS, ultrapassa o PS nas intenções de voto, com 32,9% contra 26,9%. No entanto, a coligação continua longe de alcançar uma maioria parlamentar, mesmo com o apoio da Iniciativa Liberal (5,7%).

A esquerda parlamentar — PS, BE, CDU, Livre e PAN — regista cerca de 40% das intenções de voto, um valor inferior ao obtido nas últimas legislativas.

12,5% dos inquiridos permanecem indecisos, o que pode alterar o cenário.

O Chega, embora ainda com 16,3% das intenções de voto, perdeu terreno face às últimas legislativas, com a maior parte dessa perda a beneficiar a AD.

O PS mantém maior apoio entre os mais velhos e eleitores com rendimentos mais baixos, enquanto a AD lidera entre os jovens, os eleitores com maiores rendimentos e residentes no Norte. Partidos como o Chega e a Iniciativa Liberal continuam a atrair principalmente eleitores masculinos e mais jovens.

ZAP //

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2 Comments

  1. Basta que jovens e trabalhadores gostem que o resto é conversa… Carrega ventura!
    Antes das eleições de março as sondagens davam 14%, portanto agora 16% é péssimo!

  2. ora, o povo tuga, o Povo vota nos figurantes que as TV´s lhe enfiam pelos olhos dentro.
    O recente relatorio sobre as Competencias dos tugas da OCDE, diz isso mesmo, que só é capaz de resolver e interpretar coisa simples, básicas. Ora o mais basico que há é exactamente “enfiar” pelos olhos dentro qualquer figurão que apareça nas TV´s.
    De maneira que essas “projecoes” é dirigidas aos tais tugas que “compram gatos ensacados”, mas ainda há 1.200.000 que naõ enfia os barretes das TV´s.
    LoL

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