“Não vão faltar bens essenciais”, garantem Sonae e Jerónimo Martins após audição em Belém

Inácio Rosa / Lusa

O presidente do conselho de administração do grupo Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos

Os presidentes da Sonae e da Jerónimo Martins garantiram, esta quarta-feira, o abastecimento na pandemia de covid-19 e asseguram o apoio aos produtores portugueses.

Depois de uma audiência com o Presidente da República, no Palácio de Belém, Pedro Soares dos Santos, presidente do Conselho de Administração do grupo Jerónimo Martins, garantiu que “não vão faltar bens essenciais, na maioria”, ainda que admita falhas pontuais.

“Há muita gente a trabalhar, muitos heróis, para garantir que este sobressalto não nos atinge de forma mais violenta”, assegurou o presidente do grupo que detém o Pingo Doce.

Por sua vez, Cláudia Azevedo, presidente da Comissão Executiva da Sonae, indicou que para a empresa “os pequenos produtores são muito importantes”, recordando a iniciativa do clube de produtores do Continente.

A empresária acredita no relançamento da economia em maio, mas ressalvou que é importante que as pessoas se “sintam seguras em estar nas lojas. Temos que relançar a economia, mas salvaguardar a saúde”, salientou.

Pedro Soares dos Santos disse ainda que não receia “o futuro”, reconhecendo que será necessário “dar uns passos atrás”, mas garantiu que conhece os portugueses e que “isto vai criar uma união”.

“Fomos afetados e houve uma alteração profunda no modo de operar e sair desta crise, e isso vai acontecer a todos os níveis”, adiantou.

Quanto à distribuição de dividendos, Soares dos Santos deixou a questão em aberto, salientando que o tema ainda está a ser debatido.

Já Cláudia Azevedo lembrou que há uma proposta a submeter à assembleia-geral da Sonae para a distribuição de dividendos, mas deixou a decisão final aos “acionistas” do grupo.

Pouco tempos antes desta audição, o Presidente da República teve uma reunião com peritos, na sede do Infarmed, tendo afirmado depois que já se “começa a ver a luz ao fundo do túnel”.

Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que “tudo se encaminha para que seja decretado um terceiro estado de emergência“. Ainda assim, o Presidente notou que vai haver uma nova reunião, no dia 28 de abril, por proposta do primeiro-ministro, para decidir que medidas serão tomadas em maio.

ZAP // Lusa

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