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O cometa interestelar pode ser “assassinado” antes de chegar à Terra

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NASA/ESA/J. DePasquale/STScI

Um visitante interestelar, que está a atravessar o nosso Sistema Solar, pode estar próximo de “morrer”, uma vez que provavelmente se desintegrará ao aproximar-se do Sol.

Os cientistas estão a acompanhar cada movimento do cometa, que se está a aproximar do periélio, local que deve atingir em breve, de acordo com o portal Astronomy.

O cometa 2I/Borisov chega ao periélio no dia 8 de dezembro e, se sobreviver, passará pelo ponto mais próximo da Terra pouco depois do Natal, no dia 28. Depois, afastar-se-á para nunca mais regressar.

Porém, a aventura do segundo visitante interestelar observado pela humanidade no Sistema Solar pode estar próxima do fim, uma vez que pode desintegrar-se quando estiver a chegar perto do Sol.

Recentemente, os cientistas já tinham anunciado que o cometa se estava a começar a evaporar, reagindo ao efeito de aquecimento do Sol e adquirindo uma aparência “fantasmagórica”.

O 2I/Borisov não é muito diferente de outros cometas do nosso sistema, mas apresenta uma órbita mais extensa em formato de arco aberto, conhecida como hiperbólica, o que significa que essa será a sua única passagem pelo Sistema Solar. A sua cauda terá quase 160 mil quilómetros de largura, que é a longitude média do diâmetro da Terra.

Os estudos feitos até agora mostram que o 2I/Borisov tem velocidade aproximada de 117 mil quilómetros por hora. Estima-se que o núcleo do viajante interestelar tenha aproximadamente 6,5 quilómetros, mas há cientistas que acreditam que tenha agora cerca de 1,6 quilómetros. Alguns cientistas acreditam que estas características podem significar que o Borisov esteja mesmo perto de um fim trágico.

O astrónomo amador Guennadi Borísov, residente na Crimeia, detetou o cometa em 30 de agosto usando um telescópio de 0,65 metros de diâmetro fabricado por ele próprio. Este cometa é o segundo objeto interestelar descoberto na história.

Estudos recentes revelaram que o Borisov vem de um sistema binário de estrelas anãs vermelhas localizado a 13,15 anos-luz de distância do Sol. O sistema, onde ainda não foram encontrados exoplanetas, é conhecido como Kruger 60 e localiza-se na constelação de Cepheus.

Os astrónomos estão a aproveitar a “visita de Borisov” para obter valiosas informações sobre a composição dos planetas em sistemas diferentes do nosso.

O primeiro objeto interestelar detetado, o Oumuamua ou “Mensageiro das Estrelas”, está rodeado de mistérios desde o dia em que foi descoberto por astrónomos da Universidade do Hawai, em outubro de 2017.

Depois de constatar mudanças na velocidade do seu movimento, o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian sugeriu que o asteróide poderia ser uma “sonda” enviada à Terra intencionalmente por uma “civilização alienígena”.

No último ano, o mundo da astronomia debruçou-se no estudo do corpo celeste e as mais várias teorias já foram apresentadas em artigos científicos: desde o seu passado violento, passando pela possibilidade de ser um sistema binário, e até o provável local de onde veio o Oumuamua.

Investigadores também sugeriram que milhares de objetos semelhantes ao Oumuamua podem estar presos no Sistema Solar.

O Oumuamua parece ter vindo da direção da estrela brilhante Vega, mas, de acordo com o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, os cientistas não acreditam que esse é o local de onde o objeto veio originalmente, sugerindo que provavelmente veio de um recém-formado sistema estelar.

ZAP //

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1 Comment

  1. Dizer que o objeto (Borisov) poderá se desintegrar ao se aproximar do Sol acho um tanto quanto fantasioso… …a distância, a massa (baseado nos componentes e dimensão da cauda) e sua trajetória hiperbólica, são suficientes para constatar o sensacionalismo de alguns cientistas.

    Agora, cá pra nós… os russos são realmente a primeira potência dá astronomia. Me digam, como este astrônomo siberiano conseguiu esta “Façanha” com um telescópio de abertura 0,65 com tanta antecedência.? …Aplausos, Fantástico.

    Bom texto, Boa matéria…

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