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NASA acaba de divulgar novos dados sobre o misterioso Oumuamua

ESA / M. Kornmesser / European Southern Observatory

Impressão de artista do primeiro asteróide interestelar: Oumuamua.

A NASA acaba de revelar novas informações sobre Oumuamua, o primeiro asteróide não oriundo do Sistema Solar já detetado. De acordo com uma nova publicação, o corpo interestelar é um “objeto relativamente pequeno e reflexivo. 

Oumuamua, “O Mensageiro das Estrelas”, é um objeto interestelar com uma trajetória altamente hiperbólica, que fez com que fosse classificado como o primeiro asteróide de uma nova classe apelidada de “Asteróides Hiperbólicos”.

Depois de avaliar as constantes mudanças na velocidade do seu movimento, o Centro de Astrofísica de Harvard-Smithsonia, dos Estado Unidos, chegou a sugerir que este objeto poderia, na verdade, ser uma “sonda” enviada intencionalmente à Terra por uma “civilização alienígena“.

Também a NASA mantém vários telescópios apontados a este estranho corpo espacial no entanto, a agência espacial norte-americana não conseguiu detetá-lo, nem mesmo no início de setembro, quando o Oumuamua estava mais próximo da Terra.

“O Oumuamua tem-se revelado cheio de surpresas desde o primeiro dia e estávamos ansiosos para ver o que o telescópio espacial Spitzer poderia mostrar”, disse David Trilling, professor de Astronomia da Universidade do Arizona, nos EUA, e autor do estudo.

Estas “não observações”, agora publicadas na revista Astronomical Journal, permitiram limitar o tamanho deste asteróide que já está a fazer história. A publicação sugere que o Mensageiro das Estrelas é “um objeto relativamente pequeno e reflexivo“, pode ler-se.

“O facto do Oumuamua ser pequeno demais para ser detetado pelo Spitzer é, na verdade, um resultado muito valioso”, sustentou o cientista.

Embora os cientistas não consigam, sob estas circunstâncias, identificar a forma exata dos asteróide, é possível calcular a área aproximada da sua superfície, uma vez que, se o objeto fosse grande o suficiente, já teria sido detetado.

Por exemplo, o “diâmetro esférico” do Oumuamua – caso fosse um objeto esférico (que certamente não será) – mediria entre 320 e 440 metros, determinaram os cientistas. Estes números são consistentes com outras estimativas já realizada que sustentam que o asteróide tem menos de 800 metros de comprimento, no máximo.

O estudo recém-descoberto aponta que o Oumuamua é um objeto pequeno e esta informação pode ajudar a melhor perceber qual a sua origem e evolução. No entanto, alertam os cientistas, ficam ainda muitas questões por responder – no fundo, a natureza do asteróide ficou ainda mais enigmática com os novos dados.

O seu tamanho relativamente pequeno dá espaço à teoria que defende que o objeto está a ser empurrado a partir de dentro e através de gás, o que poderia tê-lo expulsado do seu sistema solar materno, forçando-o a viajar no Espaço.

Esta teoria poderia assim explicar o comportamento “cada vez mais bizarro” do Oumuamua, em particular o facto de o telescópio espacial Spitzer não o ter detectado no local em que os astrónomos esperavam encontrar o asteróide extrassolar – algo que, dizem algumas teorias, poderia ser explicado por uma “súbita aceleração” do objecto.

Cometa, asteróide ou uma sonda alienígena que passou pela Terra? O enredo adensa-se…

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