/

Mariana Vieira da Silva: “Só o PS tem António Costa, uma das vozes mais respeitadas na Europa”

António Pedro Santos / Lusa

A ministra de Estado e da Presidência defendeu, este sábado, a continuidade estratégica no PS, criticou as soluções liberais económico-sociais, fez rasgados elogios ao líder e destacou a ação da ministra da Saúde contra a pandemia.

Mariana Vieira da Silva apresentou no 23.º Congresso Nacional do PS, no Portimão Arena, a moção política de orientação global do secretário-geral, António Costa, documento o qual coordenou.

Na sua intervenção, com pouco mais de dez minutos, a ministra de Estado e da Presidência salientou o objetivo de manter “um diálogo construtivo com todas as forças progressistas”, embora sem mencionar outros partidos, e afirmou que o PS está em melhores condições para combater o populismo e a xenofobia, “com os quais alguns querem colaborar” (aqui, numa indireta ao PSD).

A governante procurou também evidenciar os resultados de seis anos de governação minoritária socialista, dizendo que a primeira e nuclear opção foi adotar uma alternativa à via da austeridade do anterior Executivo PSD/CDS-PP, “baseada na estranha ideia de que para melhorar o país era preciso empobrecer as pessoas”.

“Sabemos quais são as boas políticas”, sustentou, antes de se referir à forma como o atual Governo enfrentou a pandemia da covid-19, destacando a ministra da Saúde, Marta Temido – palavras que motivaram uma salva de palmas por parte dos congressistas.

De acordo com Mariana Vieira da Silva, membro do Secretariado Nacional do PS, “há razões para orgulho na forma como a pandemia foi combatida”, com Portugal entre os primeiros países com mais cidadãos vacinados e com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “já em recuperação ao nível de consultas e de cirurgias”.

Disseram que o SNS falharia como aliás sempre pré-anunciaram. E se é verdade que foi muitíssimo difícil, foram abertas feridas e algumas ainda estão por sarar, podemos orgulhar-nos da resposta que todos os portugueses, profissionais de saúde e SNS deram a esta crise. Somos um dos países do mundo com mais pessoas vacinadas, estamos a recuperar consultas e cirurgias”, afirmou, citada pelo jornal online Observador.

A governante lembrou os que quiseram “apoucar o SNS” e sugeriram que “só o privado resolveria o problema”. Para esses, referiu a ministra, o Serviço Nacional de Saúde deu “uma resposta à altura”.

Perante estes resultados, a titular da pasta da Presidência advogou a importância de haver “uma linha de continuidade estratégica” no PS e de se assumir o desafio da recuperação do país, contrariando “as vozes dos mesmos de sempre”, das correntes liberais, que falam em estagnação.

Neste ponto, a dirigente socialista disse ser necessário um compromisso alargado social para o combate à pobreza e para a redução das desigualdades e advertiu que só os socialistas podem assegurar uma “agenda de modernidade” nas autarquias, com o lançamento de um processo tendo em vista a regionalização na próxima legislatura.

“Hoje, no dia em que os primeiros cidadãos afegãos chegaram a Portugal e começaram o seu processo de integração, é muito importante destacar o papel que, ao longo dos últimos dias, autarquias e sociedade civil tiveram de conjugação de esforços para podermos dar uma vida melhor àquelas pessoas”, lembrou ainda.

Precisamos de uma grande vitória autárquica no próximo dia 26 que hoje, aqui, neste congresso, começamos a construir”, declarou ainda, destacando que “só o PS tem condições para liderar e construir” o futuro ambicionado e que “é o único partido que não está preso ao passado”.

Mariana Vieira da Silva, já apontada como potencial candidata à sucessão do atual secretário-geral, deixou no final da sua intervenção um rasgado elogio ao líder António Costa.

Só o PS tem António Costa, que lidera o partido e o país e que é uma das vozes mais respeitadas na Europa”, afirmou.

O atual secretário-geral do PS e primeiro-ministro, de acordo com a dirigente socialista, “antecipou os desafios, definiu a estratégia e construiu à esquerda as soluções políticas para a prosseguir”.

“É por todas estas razões que no próximo dia 26 precisamos de uma grande vitória eleitoral. É preciso unir e mobilizar o PS, unir e mobilizar o país”, acrescentou.

O XXIII Congresso do PS está a decorrer este fim-de-semana, nos dias 28 e 29 de agosto, na Portimão Arena, no Algarve.

ZAP // Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.