No ano passado, só 387 funcionários públicos esperaram pelos 70 anos para se aposentarem. Este valor representa 3.1% de todas as novas pensões concedidas em 2017 pela Caixa Geral de Aposentações.
As categorias profissionais mais altas – como diplomatas, médicos, investigadores científicos, professores universitários e dirigentes superiores – são as que registam a maior percentagem de funcionários com mais de 65 anos ainda no ativo, aponta o Público, que avança com a notícia nesta sexta-feira.
Estes dados surgem depois de se saber que o Governo está a ultimar uma alteração legislativa para os Funcionários Públicos, na qual pretende o fim da reforma obrigatória aos 70 anos.
O número de trabalhadores da administração pública a extender as suas funções até ao limite previsto na lei no ano passado foi o mais baixo desde 2012, ano em que 952 trabalhadores optaram por se reformar aos 70.
Os dados a que o matutino teve acesso são do Boletim Estatístico do Emprego da Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público, relativos a 2017 e mostram que, num total de quase 67 mil trabalhadores da função pública, os que têm mais de 65 anos correspondem a uma pequena percentagem: 1,88%, ou seja, 12.571.
A diplomacia é a categoria onde se encontram mais trabalhadores com mais de 65 anos, 8,86%. Seguem-se os cargos de dirigente superior (7,44%), representante do poder legislativo (7,21%), professor universitário (5,22%) ou médico (4,56%).