O Governo está a preparar-se para alterar a legislação que obriga os funcionários públicos a aposentarem-se quando chegam aos 70 anos.
A notícia, avançada na edição desta quinta-feira do jornal Público, afirma que o Ministério das Finanças está, neste momento, “a ultimar o projeto de diploma” para equiparar o regime do setor público ao setor privado. O regime permite a quem quiser, com o consentimento da entidade patronal, continuar a trabalhar depois dos 70 anos.
Apesar de o gabinete de Mário Centeno não ter adiantado mais pormenores sobre o diploma, sabe-se que o Governo deverá debater esta matéria com representantes das estruturas sindicais, algumas das quais já manifestaram reservas a esta alteração.
De acordo com o diário, a reforma compulsória por limite de idade é uma regra com quase um século e tem sido criticada por várias personalidades nos últimos tempos, tendo dado origem a um projeto de resolução que recomenda ao Governo que ponha fim a este regime. A proposta foi aprovada pelo Parlamento há dois anos, com os votos a dfavor do CDS, PSD e PS.
O Público refere ainda que os críticos do fim da aposentação compulsória por limite de idade alegam que é fundamental o rejuvenescimento dos quadros da função pública. Por outro lado, os defensores sublinham que as alterações demográficas tornam a saída forçada ainda mais difícil de compreender, uma vez que a esperança de vida não tem parado de aumentar e a própria idade legal da reforma tem vindo a estender-se.
Francisco George, diretor-geral de Saúde durante 12 anos, deixou o cargo por limite de idade no ano passado.
A imposição da reforma aos 70 anos foi criada em 1926, com o objetivo de “arredar os ineptos” em prol de “um benefício necessário para a administração”, segundo o legislador.
Agora, o grupo parlamentar do PS está a ponderar avançar com a apresentação de um projeto de lei, no início da próxima sessão legislativa, para acabar com a obrigatoriedade da aposentação aos 70 anos, mas ainda não tomou uma decisão neste sentido.
Concordo que não sejam obrigados a abandonar a função pública se se sentem bem, se querem continuar e se esse prolongamento de atividade é desejado pelos colegas e pelo serviço.
Já não concordo que permaneçam em cargos de direção. Também suspeito que por detrás desta proposta pode estar um rabo de gato: diminuir as reformas, penalizando quem se aposenta podendo ainda estar a trabalhar (mesmo com 70 anos ou mais). O futuro dirá!
Para presidentes de Republica já acabou há muito. Bem mas para ser presidente de república qualquer borra botas serve. Mesmo que esteja já xéxé!!
Com o aumento da esperança de vida, isto faz sentido, sobretudo para quem esteja bem de saúde e queira continuar a trabalhar. Experiência vale mais do que frescura sem rugas.
Isto é uma decisão ou até agora uma proposta muito estranho. Será que não acumulam a reforma com o ordenado que nós contribuintes pagamos? Generais, Directores e médicos de serviços de secretária, cargos representativos e sem trabalho, só conheço trabalhadores na função pública que realmente trabalham e são gastos e esgotados muito antes das datas das suas reformas: Professores, contínuas etc. Só os com ordenados chorudos querem continuar. Tenho a solução. Os generais podem servir em Africa como mercenários, os médicos devem procurar lugar nos hospitais particulares e os outros directores devem muito antes dos 70 anos fazer lugar para novas gerações e serem obrigados a gozarem a vida de reformado, tal como são obrigados os trabalhadores por conta de outrem no privado.