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Situação em Lisboa “está longe de estar resolvida”, diz Duarte Cordeiro

Fernando Veludo / Lusa

Duarte Cordeiro substitui Pedro Nuno Santos na Secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e coordenador da região de Lisboa e Vale do Tejo para a gestão da covid-19, Duarte Cordeiro, diz haver consciência da persistência dos casos na região e que a situação está longe de estar resolvida.

O governante esteve na Assembleia da República, a pedido do CDS, para prestar contas sobre a resposta à pandemia na região de Lisboa e Vale do Tejo, que continua a registar a maior parte do aumento de novos casos de covid-19 no país.

Segundo o Expresso, o CDS alertou para a “desarticulação” entre as autoridades, para os “sinais contraditórios” na realização de espetáculos e manifestações e para a falta de controlos nos aeroportos, entre outros aspetos. O PSD criticou o facto de se ter vendido a situação portuguesa como um “milagre”.

“Se não há condições para entrar numa composição [de comboio], temos de esperar pela próxima. Não tenho outra resposta para lhe dar”, disse Duarte Cordeiro em resposta às críticas face às falhas na gestão dos transportes públicos.

Ainda esta sexta-feira, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, admitiu, em entrevista ao Dinheiro Vivo, acabar com as limitações à lotação dos transportes públicos.

Pedro Nuno Santos reiterou que não existe uma relação entre o uso de transportes públicos e os surtos de covid-19 que têm acontecido no país. O ministro recordou que Lisboa é das poucas capitais da Europa com restrições na lotação dos transportes e que, se a situação não for alterada, pode causar “problemas sérios de mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa”.

Voltando a Duarte Cordeiro, o secretário de Estado garantiu que as medidas adicionais tomadas na região estão a resultar. “Se ficássemos pelas decisões tomadas para o resto do país, não estaríamos onde estamos hoje”, advertiu.

“Se a pandemia chegou mais tarde a Portugal, é natural que acabe mais tarde. Não há uma bala de prata”, disse ainda Duarte Cordeiro, que compreende as críticas, mas que sente que estas não devem servir para “quebrar a energia” de que o país precisa.

ZAP //

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