Francisco Machado da Cruz, o contabilista do GES, afirma que Ricardo Salgado o aconselhou a fugir e esconder-se num país que não tivesse acordo de extradição para Portugal: “vais para o Brasil, ou para a Bolívia”.
De acordo com o Expresso, na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à gestão do BES/GES, o contabilista da Espírito Santo Internacional contou aos deputados que Ricardo Salgado o aconselhou a fugir e esconder-se num país que não o extraditasse para Portugal.
“Ó Francisco, agora vais ter de sair daqui, vais para o Brasil, ou para a Bolívia“, ter-lhe-á dito Salgado.
A conversa com o presidente do BES terá acontecido quando foi combinada a demissão de Machado da Cruz, em abril de 2014, numa tentativa de afastar o commissaire aux comptes do grupo, não apenas como contabilista, mas também nos diversos cargos de administração que ocupava.
Salgado e Morais Pires conheciam todas as decisões relevantes
Segundo o relato de Machado da Cruz, Manuel Fernando Espírito Santo sabia da ocultação de passivo, mas José Maria Ricciardi e José Manuel Espírito Santo não teriam conhecimento da mesma.
A ex-diretora do BES, Isabel Almeida, também confirma que o antigo líder do banco, assim como o ex-administrador Amílcar Morais Pires, conheciam todas as decisões relevantes na instituição financeira.
“Nunca tomei nenhuma decisão relevante sem o conhecimento e o acordo prévio de Amílcar Morais Pires”, afirmou Isabel Almeida, esta quarta-feira, quando questionada pela deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua na comissão parlamentar de inquérito à gestão do Banco Espírito Santo (BES) e do Grupo Espírito Santo (GES).
A ex-diretora financeira do BES disse também que recebeu “instruções diretas” de Ricardo Salgado, “que foram sempre” comunicadas a Amílcar Morais Pires, que as validava.
“Tenho a convicção de que Ricardo Salgado tinha todo o conhecimento de todas as operações do departamento financeiro, de que Amílcar Morais Pires lhe comunicava todos esses factos”, disse, respondendo ainda à deputada bloquista.
A comissão de inquérito, que arrancou a 17 de novembro, tem por intuito “apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades”.
ZAP / Lusa
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A verdade é como o azeite…
Cambada de malandros.
Uma conversa como aquelas que têm os mais nojentos mafiosos. Mas tudo lhe seráa perdoado, como acontreceu ao dos periscópios.
Estou certo que depois destas revelações, agora é que este contabilista vai ter mesmo que fugir.
quanto poder é fraco.
vergonha nao existe o resto é só cara de pau.
roubar é encarado como normal….muito vai mal esse pais …
que exemplo e que educacao e valores querem dar as novas geracoes…
meus malandros sem vergonha…canalhas….
morte é pouca para esta gente….destruiram sonhos, projetos e ficaram com dinheiro das pessoas e passam como se nada fosse com eles…onde esta a justica, onde estam as leis, onde anda constituicao…se nao pune nao serve….entao precisa se mudar muita coisa….CHEGA de trafulhices e malabarismos que arruinam geracoes e futuro de todos… banditos sem vergonha