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Salário mínimo está cada vez mais próximo do médio (e toda a gente ganha menos), diz Montenegro

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José Coelho / Lusa

O ex-líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro

O candidato à liderança social-democrata Luís Montenegro defendeu esta sexta-feira um partido “suficientemente forte” para ter “maioria absoluta” e fazer “as reformas de que o país precisa” sem “depender do PS”.

Para Luís Montenegro, que anunciou a candidatura dias após as eleições legislativas, desafiando o atual líder, Rui Rio, a entrar na corrida, o PDS “tem de ter vida própria e autónoma e tem de ser suficientemente forte para, nas próximas legislativas, não ter 27 % mas uma maioria absoluta na Assembleia da República e não depender do PS para fazer as reformas de que o país precisa”.

O PS não vai querer fazer nenhum acordo connosco, não vale a pena perdermos tempo sendo muletas ou bengalas do PS, independentemente das áreas onde se devem projetar entendimentos quanto a reformas estruturais. Se uma das partes não quer, que é o PS, não vale a pena insistir”, observou.

Luís Montenegro falava aos jornalistas antes de um jantar com apoiantes em Braga, no dia em que lançou o sítio na internet da sua candidatura. O antigo líder parlamentar social-democrata referiu-se a uma “força que vem de dentro do PSD”, numa alusão ao ‘slogan’ da sua candidatura, e que “falta” ao partido como alternativa política em Portugal, mas que existe. Não está é a ser aproveitada”, lamentou.

Questionado sobre se é a força que falta ao atual líder do partido, Montenegro afirmou que, nos últimos dois anos, Rui Rio “esteve sempre muito à espera do PS” e “sempre muito focado nos entendimentos com o PS”.

Quanto ao programa de Governo, cuja discussão decorreu na quarta e quinta-feira no parlamento, Montenegro destacou que “a grande conclusão” a tirar é a necessidade “de uma alternativa firme, séria e forte” ao PS e “parceiros de esquerda”.

O candidato alertou para um “setor da saúde cuja solução de crise não está prevenida no programa de Governo”, para uma “política salarial que está a nivelar por baixo” e para um executivo que “não ataca o problema que é a asfixia fiscal em que vivem as pessoas e as empresas”.

“Portugal precisa de uma alternativa que dê resposta a estes problemas e sirva de antagonista à política de esquerda do PS e dos seus parceiros”, sustentou. Para Luís Montenegro, esta alternativa é precisa, “em primeiro lugar porque, objetivamente, o PS continua suportado pelo PCP, BE e também pelo PAN e pelo Livre”.

“Não há nenhuma crise na esquerda nem na geringonça. A geringonça existe, o casamento está em vigor. Os parceiros discutem em público mas depois arranjam-se em privado”, alertou.

Montenegro lamentou ainda as “grandes omissões que programa de Governo deixou evidenciadas”, nomeadamente no setor da saúde, onde existe um “drama” para o qual o executivo não apresenta solução.

O candidato à liderança do PSD criticou ainda que apenas haja “uma preocupação com o salário mínimo, que está cada vez mais próximo do salário médio, o que significa que toda a gente ganha cada vez menos”.

“Portugal tem uma política salarial nivelada por baixo e este é um problema que só o crescimento da economia pode resolver isso e não é uma prioridade deste programa de Governo”, notou.

O social-democrata destacou ainda que a carga fiscal, que “atingiu o máximo de sempre com este Governo, não vai ter a diminuição que se exigia”.

O candidato à liderança do PSD Miguel Pinto Luz elogiou na quarta-feira a prestação do partido no debate do programa do Governo, cujas principais intervenções estiveram a cargo do presidente, Rui Rio, e do ex-líder parlamentar Fernando Negrão.

A corrida à liderança do PSD vai ser disputada em eleições diretas a realizar em janeiro e cuja data concreta será fixada num Conselho Nacional, em Bragança, marcado para 08 de novembro. O atual líder, Rui Rio, recandidata-se ao cargo, estando na corrida, até ao momento, Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz.

// Lusa

17 Comments

  1. eu acho que o PSD tem um “problema” de raiz, não “sabe” muito bem onde se “encaixar”, dito de outra forma, não sabe muito bem se é Socialista ou é Democrata, concretamente se é aliado do Autoritarismo do Estado ou se é aliado do Estado de Direito, da observação estrita dos Direitos de cada um. Mas acho que esse é um “problema” que afecta outros partidos.
    É evidente que o Rio quer “abraçar” o PS e foi esse o motivo do “descontentamento” do eleitorado “Não Socialista”, tanto mais que a “performance” Economica do PS nos ultimos 4 Anos foi aparentemente “boa”, a outra face da Moeda a “Carga Fiscal” foi a mais alta de sempre, mas essa performance foi “aliciante” para muitos votarem no PS.
    Uma vez ganha a “confiança” do PS, nos proximos 4 Anos o PS vai mostar a sua verdadeira face de um Partido da Extrema Esquerda.
    Já começou com a “Passagem Administrativa” dos Alunos no Ensino, o aumento do Salario Minimo por Decreto ou “vontade” do Comite Central do PS, tipo o Maduro na Venezuela.
    Essa do aumento do Salario Minimo é dos tais “truques” dos SOcialismos de “iludir” as pessoas com “fantasias”, pois no fundo quem mais ganha ganha com isso é o Estado, pois vai aumentar os Descontos para a SS, muitos vao passar a pagar IRS e não por ultimo haverá um aumento de Preços para o consumidor final, especialmente onde há mais Salarios Minimos, ou seja Super Mercados, o que resultará num aumento da Receita do IVA.
    Do outro lado, feitas as contas, o Povo que viu o Salario ser aumentado, foi afinal “roubado” pelo “Carteirista” no “Bolso de trás”:

      • pois é, o grande problema dos tugas é que não sabem nada de Politica, não sabem distinguir Direita e Esquerda, não sabem definir quando se está em presença de “extrema-esquerda”. A distinção não se faz pelo “paleio” do “diz que disse”, qualquer pode “dizer o que quiser”, mas sim em função das medidas concretas que o Governo adopta, como é o caso do Aumento do Salario Minimo. A extrema-esquerda define-se pelo “uso do Poder” para por “Decreto” “mandar na Economia”. A Economia de Direcao Central, é como se chama nos meios academicos, à Economia Comunista Marxista.
        O Aumento do Salario Minimo é contra os interesses de Portugal!!!
        Se, o Governo quer melhorar a “vida” dos tugas que BAIXE os Impostos, mormente o IVA que beneficiaria TODOS. Isto seria politica da Democracia.
        Além do mais não ve como o PS do Costa se “dá muito bem” com o BE e o PCP?

      • “pois é, o grande problema dos tugas é que não sabem nada de Politica,”
        E percebe-se logo que tu és bastante tuga, até porque, no teu caso, não é só de política que não sabes nada!…

  2. O país está triste e de pantanas, com 4 anos de conjuntura económica favorável. É preciso que surja alguém, credível, que venha abanar com estes estado deplorável em que nos encontramos. Quem é esse alguém, não sei, mas que isso é preciso, é. E com urgência, antes que seja tarde. O abismo pode estar no horizonte.

  3. A terrível verdade é essa: só se pensa no salário mínimo. Aumentar-se os outros na mesma proporção, nada! Se é justo que se aumente o salário mínimo? Sem dúvida!

    A grande questão é: para que vou eu estudar e investir em formação, se depois ganho mais 100 ou duzentos euros do que aqueles que nunca o fizeram? Será que vale a pena? Provavelmente, não!

    A malta precisa de uma cenoura. Se não houver cenoura, se não existir recompensa pelo esforço, para quê perder tempo, gastar dinheiro e ter chatices? Mais vale beber uns copos com os amigos, ir de férias mais vezes e trocar de carro com maior frequência…

    • Olhe amigo deixe de ser facista, a questão não é so de ganhar mais 100 ou 200 euros como diz, a questão é tambem de ter uma vida bem melhor, bem mais limpa e menos trabalhosa, isso para si não é importante, nos outros paises mais evoluidos existe mais igualdade salarial e isso é que está correto, pela sua ideia algo facista qualquer dia precisamos de um operario e não o encontramos, ninguem está para trabalhar e ganhar uma bacatela, deja mais humano

      • Caro Luís,
        1 – em primeiro lugar, não sou seu amigo;

        2 – sugiro também que vá aprender a escrever;

        3 – em terceiro lugar, não sou facista. Mas, como o seu comentário claramente demonstra, democracia a mais faz mal à própria democracia. A malta agora só fala em direitos, mas esquece-se dos deveres. Um bom exemplo é a ideia peregrina da nova ministra da modernização administrativa de premiar os funcionários públicos que menos faltam, como se o dever de assiduidade não fosse uma das obrigações que decorrem do contrato de trabalho (e olhe que eu sou funcionário público);

        4 – pouco solidário? Olhe que não! Mas quando várias vezes passei por muitas dificuldades na vida, tirando meia dúzia de pessoas que muito prezo todos me viraram as costas;

        5 – se cheguei onde cheguei, foi por conta do meu trabalho (trabalho desde os 14 anos, frequentava o 8.° ano) e dos muitos sacrifícios que fiz ao longo da vida (enquanto aqueles que hoje reclamam por subsídios e aumentos do salário mínimo, estavam nas esplanadas a beber copos, passeavam-se pelas discotecas e exibiam telefones topo de gama, roupas e calçado de marca, coisa que nunca tive);

        6 – quantas vezes via pessoal a esbanjar dinheiro e eu com 100 escudos no bolso. Tantas coisas de que me privei para poder estudar e comprar livros;

        7 – também ganhei muitos e muitos anos o salário mínimo. Sei bem o que isso é. Mas também sei o quanto trabalhei e investi para poder ganhar mais e viver melhor como refere;

        8 – Portanto, creio que agora é hora do merecido retorno, ou não? Mas se isso é ser egoísta, não solidário e fascista, pois então sou-o sem qualquer problema, a começar pela treta do politicamente correcto.

        Cumprimentos!

      • Pena que a população com bom senso e inteligência, como o Sykander, seja tão escassa! Aumentar o salário mínimo é mesmo para enganar o povo, pensando que é grande benesse! Tipo até parece que sao mais 30 euros por mês que melhoram a qualidade de vida do povo. O problema é a classe média estar a ser esmifrada! E em 2001 havia 4% de pessoas com salário mínimo e agora são mais de 20%! Isso é ridículo! Estão a empobrecer a população! Ganhava-se mais em termos absolutos em 2001 que agora! Então em termos relativos nem se fala! Ganha-se menos e está tudo muito mais caro! Somos explorados até ao tutanto com os impostos! É revoltante mas o povo vai caindo no canto da sereia com aumentos de salario mínimo! Ridículo mesmo!!

  4. Direita, esquerda, extrema-esquerda e extrema-direita tudo financiada e manipulada pelos banqueiros, tudo a mesma perversidade e os seguidistas de direita e esquerda a fazer o papel de otários rsrsrsrsrsrsrsrsrsrs

    • Agora fiquei totalmente ilucidado como é que o Partido da Carneirada Portuguesa é o maior Proprietario Imbiliario e o Partido mais rico de tugalandia.

  5. Skylanders andas te a estudar e a investir na educação??! Ou foste para a faculdade beber e fumar as contas dos teus pais, deixem se de merdas, porque são as pessoas do salário mínimo que movimentam este país, que o fazem crescer e não estes engenheiros que dizem serem bons que realmente não o são, tem uma boa educação sim mas por favor não confundam educação com inteligência…pois é isso que falta na malta que decide Investir na educação! Aumentem a qualidade de vida da maioria e a vida dos que já ganham mais irá aumentar também como conseguecia

    • faltou concluires que o Partido dos Cinicos Portugueses também é o que mais contribui pra o Aumento de Riqueza do País.
      lol.

    • Trabalho desde os 14 anos otário. Tudo o que tenho foi alcançado pelo meu esforço e pelo meu trabalho.

      Não tive pais que me pagassem os estudos para poder andar a fazer parvoíces na faculdade. Quando os outros andavam nessas andanças estava eu a trabalhar 8 horas por dia.

      Pelo discurso o Sr. é mais um frustrado e falhado da vida que vem mandar bitaites contra aqueles que conseguiram chegar onde o senhor desejava mas não teve capacidade e inteligência para lá chegar…

      Vá mas tratar essa sua frustração….

  6. São as pessoas do salário mínimo que movimentam este país?!?! O problema desta “tugalândia” é que existem ainda muito mentecapto que acredita no Pai Natal do comunismo. É pena não terem vivido na União Soviética na época pré Gorbachev para ver como era… As pessoas que ganham o salário mínimo mal têm dinheiro para suportar uma renda de casa quanto mais “movimentarem este país…” !

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