Rússia detém oito suspeitos por envolvimento na explosão da ponte Kerch. Ataques destruíram 30% da rede de eletricidade ucraniana

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Roman Pilipey / EPA

Kiev anunciou esta manhã a conquista de cinco localidades em Kherson, onde as tropas ucranianas têm em curso uma contraofensiva.

Os ataques russos dos últimos dois dias a várias regiões ucranianas destruíram cerca de 30% das infraestruturas energéticas do país, avançou o ministro da Energia da Ucrânia, Herman Halushchenko. “Enviamos esta mensagem aos nossos parceiros: precisamos de proteger o céu”, apelou. Acusou ainda a Rússia de desrespeitar as regras do Direito Internacional. “Eles não querem saber.”

Nas últimas horas, a Rússia fez ainda saber, através do seu Serviço de Segurança Federal, que deteve oito pessoas, cinco cidadãos russos e três da Ucrânia e Arménia por suposto envolvimento na explosão que destruiu parcialmente a ponte Kerch, que liga a Rússia à península da Crimeia, no dia 8 de outubro. De acordo com o organismo, a explosão foi organizada pela Direção Principal de Inteligência do Ministério da Defesa Ucraniana, e pelo diretor Kyrylo Budanov.

A ponte em causa é uma importante infraestrutua no processo de abastecimento das tropas russas na invasão à Ucrânia, mas também um símbolo da anexação da Crimeia, resultado da anexação de 2014. Como tal, vários analistas internacionais sugeriram que o ataque causou especial reação em Moscovo, com Putin a acusar os ucranianos de terrorismo. Pensa-se, ainda, que a chuva de mísseis ordenada pelos russos tenha sido uma resposta direta ao ataque da ponte.

No que respeita às operações no terreno, Kiev anunciou esta manhã a conquista de cinco localidades em Kherson, onde as tropas ucranianas têm em curso uma contraofensiva. Num comunicado pelo Expresso, a presidência do país detalha que as localidades que terão sido reconquistadas são: Novovasylivka, Novogrygorivka, Nova Kamianka, Tryfonivka e Chervone.

ZAP //

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