No dia 14 de setembro, as chamas que deflagraram no centro do país chegaram ao famoso Reino do Pineal. Apesar da resistência inicial, os membros da seita permitiram a entrada dos bombeiros. Hoje, garantem estar bem graças à “proteção divina”.
O controverso Reino do Pineal, em Oliveira do Hospital (Coimbra), também foi fustigado pelos incêndios de setembro, que afetaram o centro e norte do país.
Na madrugada de dia 14, as cerca de duas dezenas de pessoas que ainda pertencem à seita foram surpreendidas um fogo vindo da zona de Seia.
Na altura, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Lagares da Beira, António Pinto, disse ao Diário de Coimbra que o chão do Reino do Pineal “ardeu todo”.
No entanto, em declarações por escrito à SIC Notícias, a seita informou que as principais estruturas do local resistiram; e que entre os estragos estão apenas “duas pequenas habitações, a estrutura de meditação, o estúdio de música, duas tendas de visitantes e a estufa”.
António Pinto confessou que na noite do incêndio houve uma resistência inicial, tanto para evacuar o espaço, como para deixar deixar entrar os bombeiros. Os membros acabaram depois por colaborar.
“Tinham os portões com cadeado, não foi fácil entrar. Ao princípio não aceitaram bem, mas ao fim de algum tempo de dissuasão acabaram por abandonar o local e nós fomos acompanhando a evolução do incêndio (…) Alguns elementos do Reino do Pineal acabaram por indiciar aos bombeiros os melhores caminhos para chegar ao fogo, e houve convívio e camaradagem“, enalteceu o comandante.
A seita garante, agora, que todos estão bem com ajuda da “proteção divina”.
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“Reino do Pineal” é o nome assumido por uma comunidade de mais de 40 pessoas que se instalou em Oliveira do Hospital, numa quinta de 4,7 hectares, e que tem como objetivo constituir-se como um “estado soberano” dentro de Portugal.
O líder da seita do Reino do Pineal tinha intenções de formar um partido político para depois “expandir” a sua “visão” para os Açores, acreditando que o Arquipélago é “a Atlântida” e que seria o único local a salvo de “um cataclismo”.
A comunidade, que vive na freguesia de Seixo da Beira, é liderada pelo britânico Martim Junior Kenny, ex-cozinheiro que assumiu a identidade de Água Akbal Pinheiro depois de ter tido “uma experiência espiritual profunda”, como se explica no site oficial do “Reino do Pineal”.
Em 2023, a Polícia Judiciária fez buscas na propriedade ocupada pelo Reino do Pineal, no âmbito da morte de um bebé de 14 meses que era filho do líder da seita.
O líder do Reino do Pineal e a mãe da criança, sua ex-companheira, foram na altura constituídos arguidos pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra. Em causa estão eventuais crimes de homicídio por negligência, ou omissão de auxílio, exposição a perigo, ou abandono.
Está ainda em causa uma alegada profanação de cadáver, uma vez que o corpo do bebé foi cremado de forma ilegal.
Reino do Pineal
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A Ajuda Divina , chamão-se BOMBEIROS ! …..mas estes “Iluminados , não pretendem ficar fora do sistema Social ?