Líder do Reino do Pineal queria formar um partido e mudar-se para a “Atlântida” portuguesa

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pinealfoundation / Instagram

Guru espiritual do Reino do Pineal

Guru espiritual do Reino do Pineal, Água Akbal Pinheiro.

O líder da seita do Reino do Pineal tinha intenções de formar um partido político para depois “expandir” a sua “visão” para os Açores, acreditando que o Arquipélago é “a Atlântida” e que seria o único local a salvo de “um cataclismo”.

Estas revelações são feitas pela primeira portuguesa que aderiu à seita que está instalada numa freguesia de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra. Ana Sofia entrou para o Reino do Pineal em Setembro de 2020, como conta ao Expresso, realçando que achou “estranho” que o líder do grupo, Água Akbal Pinheiro, lhe tenha falado de política “logo no primeiro dia” em que chegou.

“Água tinha em mente a criação de um partido político. E para essa sua missão, precisava de fiéis para poder avançar com esse projecto”, aponta Ana Sofia que chegou a fazer parte de uma juventude partidária em Portugal, como conta ao Expresso.

Ana Sofia acrescenta que Água Akbal Pinheiro “queria expandir a visão do Pineal para os Açores“. “Falava muito na ilha do Pico como o local certo para fazer nascer um novo território e até um dia vir a pedir a sua autonomia”, realça.

“O plano seria transferir várias pessoas a viver na herdade em Oliveira do Hospital para o Pico”, uma vez que o guru da seita “acreditava que os Açores eram a Atlântida e que um dia haveria um cataclismo a atingir a Terra e aquele seria o local seguro“, acrescenta Ana Sofia.

Esta portuguesa diz que pagou três mil euros para ir viver para o Reino do Pineal, mas não espera reaver o dinheiro. “Ninguém me apontou uma arma à cabeça para lhes dar o meu dinheiro. Dei porque quis dar. Nem vou colocá-los em tribunal”, constata ao semanário.

A Polícia Judiciária fez buscas na propriedade ocupada pelo Reino do Pineal no início deste mês de Agosto, no âmbito da morte de um bebé de 14 meses que era filho do líder da seita.

O líder do Reino do Pineal e a mãe da criança, sua ex-companheira, foram constituídos arguidos pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra. Em causa estão eventuais crimes de homicídio por negligência, ou omissão de auxílio, exposição a perigo, ou abandono.

Está ainda em causa uma alegada profanação de cadáver, uma vez que o corpo do bebé foi cremado de forma ilegal.

Entretanto, o líder da seita queixou-se que a actual companheira e a filha de sete meses foram levados para uma casa-abrigo pelas autoridades, exigindo a sua “libertação”.

ZAP //

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7 Comments

  1. Cá por mim, também estou a pensar fundar um novo país, que já tem nome e vai ser o Reino da Pinadela.
    Quanto à capital, não estou muito interessado na Atlântida, uma vez que tem tendência a afundar.
    Aceitam-se sugestões e para ser cidadãos, não precisam fazer “generosas contribuições”.

  2. Realmente é espantoso que em Portugal, membro da UE, ainda seja possível acontecerem acontecimentos surreais como este. Mas porque razão é que este gajo, que parece ser natural do Zimbabué, escolheu Portugal para fundar o Reino do Pineal?? Só Deus realmente sabe…

  3. Nem co9mo comida para tubarão esse idiota serve. Vai pros açores são miguel que lá eles tedizem a tua i8ndependencia. palháço

  4. Mas esta gente ainda não foi condenada ? . E o PdeC de Oliveira do Hospital e da JDF de Seixo da Beira , que permitiram tal estupidez , caladinhos que nem ratos !

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