Líder do Reino do Pineal arguido no caso da morte de bebé. Mulher e filha em casa-abrigo

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@pinealfoundation / Instagram

Guru espiritual do Reino do Pineal, Água Akbal Pinheiro.

A mulher e filha do líder do Reino do Pineal foram levadas pelas autoridades depois das buscas da PJ. Martin Junior Kenny e a esposa foram também constituídos arguidos no âmbito da morte de uma criança no ano passado.

A mulher e filha do líder do Reino do Pineal, Martin Junior Kenny, também conhecido por Água Akbal Pinheiro, foram levadas pelas autoridades portuguesas para uma casa-abrigo num local não divulgado.

De acordo com a Polícia Judiciária e a Proteção de Menores, as duas foram levadas após o fim das buscas realizadas na propriedade da seita em Seixo da Beira, perto de Oliveira do Hospital.

Martin Junior Kenny declarou, através de um vídeo no YouTube, que a sua companheira e filha estão “presas” e foram levadas sem razões claras. “Não me deram nenhuma razão para acharem que a minha filha corria perigo por minha causa. Exijo saber quando é que elas serão libertadas”, afirma, frisando que não autoriza que a criança seja registada.

No entanto, uma fonte da investigação revela que a retirada se deveu a preocupações com o bem-estar da bebé e o medo de que ela sofresse problemas de saúde, especialmente depois de uma criança na seita ter morrido por negligência médica no ano passado. Cinco crianças ainda vivem na propriedade, incluindo três bebés, lembra o Expresso.

Durante a operação policial, que durou cerca de quatro horas e envolveu cerca de 60 operacionais, Martin Junior Kenny foi levado para um posto da GNR para ser interrogado, juntamente com outros membros da seita. Durante as buscas, as autoridades constataram que havia drogas na propriedade, mas o líder da seita alegou que eram usadas apenas para rituais.

Além disso, a operação visou apurar a suspeita de crimes de homicídio por negligência ou omissão, exposição a perigo ou abandono, e até profanação de cadáver, uma vez que a criança que morreu no ano passado foi cremada de forma ilegal. As suas cinzas foram lançadas ao rio Mondego num ritual da seita.

O Expresso avança ainda que o líder da seita foi constituído arguido, tal como a sua anterior companheira, G.L., mãe da criança que morreu no ano passado.

A operação da Polícia Judiciária e do Departamento de Investigação e Ação Penal de Coimbra estava a ser preparada há várias semanas e foi acelerada após a revista “Visão” ter avançado com uma reportagem sobre a seita.

Em dezembro do ano passado, Martin Junior Kenny exigiu que o Estado português reconhecesse a “autonomia” do terreno onde a seita reside. A investigação ainda está em curso e está a debruçar-se sobre alegações de construção irregular de instalações, realização de festas possivelmente ligadas ao tráfico de drogas e eventuais fraudes relacionadas com donativos dos membros da comunidade.

ZAP //

2 Comments

  1. Pelos vistos a esta seita e a certas etnias são permitidas coisas que não são permitidas aos restantes portugueses.
    As crianças são o caso mais grave, mas exisntem outros atropelos à lei, desde a construção ilegal, trafico e basicamente tudo o que entenderem fazer. A justiça ainda não é igual para todos em Portugal, Apenas para homicidios parece funcionar bem. no restante existem filhos e enteados

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