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PS acusa Bloco de “má fé” na escolha de juízes para o Constitucional

partidosocialista / Flickr

Ana Catarina Mendes

O Bloco não gostou de ter ficado de fora da escolha dos dois novos juízes para o Tribunal Constitucional. PS acusa agora o partido de esquerda de “má fé”.

Numa conferência de imprensa no Parlamento, esta quinta-feira, a líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, comentou as recentes declarações do líder parlamentar do Bloco, Pedro Filipe Soares, que acusou os socialistas de romperem com a “situação política da anterior legislatura” ao deixar o partido de fora da escolha dos dois novos juízes para o Tribunal Constitucional (TC).

Segundo a socialista, citada pelo jornal online Observador, “o Bloco sabe desde novembro” que não teria uma palavra neste processo, garantindo que houve “várias conversas com Catarina Martins”, e também dela mesma com o líder parlamentar do BE.

Posto isto, a deputada afirma que a declaração feita pelo bloquista “é grave e demonstra má fé de quem negociou“, acrescentando ainda que foi com “espanto” que o PS viu a saída de Clara Sottomayor, juíza conselheira indicada pelo BE, apenas três anos depois de estar em funções (num mandato de nove anos).

Ana Catarina Mendes disse ainda aos jornalistas que “o Tribunal Constitucional é um órgão demasiadamente importante e não deve ser suscetível a uma guerra partidária ou ao seu achincalhamento público“.

De acordo com o jornal online, a líder parlamentar também recordou que “o PS não cortou pontes”, bem pelo contrário, tendo dado como exemplo o facto de ter mantido os dois indicados pelo PCP e BE no Conselho de Estado, Domingos Abrantes e Francisco Louçã, respetivamente.

“O BE fez a opção de anunciar o seu voto contra, poderá querer que haja uma maioria à direita no TC”, provocou ainda.

Esta terça-feira, o PS anunciou que vai propor o juiz António Clemente Lima e o antigo secretário de Estado Vitalino Canas para preencher as duas vagas no TC, deixadas em aberto por Cláudio Monteiro e Clara Sottomayor.

Na votação destes nomes no dia 28 de fevereiro, em que terá de haver dois terços de votos a favor, Pedro Filipe Soares afirmou que o PS “não estará à espera do BE, porque inequivocamente não podem esperar”.

ZAP //

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