O incêndio que começou, no sábado passado, em Pedrógão Grande foi dominado esta tarde, disse o comandante operacional, Vítor Vaz Pinto.
A Liga dos Bombeiros Portugueses já anunciou que vai fazer uma “análise exaustiva” sobre tudo o que se passou no combate às chamas do incêndio para corrigir eventuais falhas que se tenham verificado.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da LBP afirmou que a Liga dos Bombeiros “vai fazer um levantamento com todos os operacionais responsáveis que estiveram no terreno”, um trabalho que será feito depois da extinção do incêndio.
Jaime Marta Soares adiantou que este levantamento tem como objetivo fazer “uma análise exaustiva de toda a situação” para se saber aquilo que “foi bem feito e melhor se for possível” e detetar eventuais falhas para as corrigir no futuro.
“É uma atitude normal de quem tem responsabilidade”, sustentou.
O presidente da LBP disse também que têm que ser averiguadas as falhas de comunicação no SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal), avançando que o sistema parou várias vezes, mas desconhece durante quanto tempo.
Uma questão que, segundo Jaime Marte Soares, “a fita do tempo do incêndio” vai esclarecer ao mostrar “o tempo das falhas”.
O mesmo responsável considerou que o SIRESP “foi um contratempo” no sábado, mas “não foi uma falha que possa ter posto minimamente em causa a situação do combate”, tendo em conta que existiram outras “alternativas de comunicações”. “A operação nunca parou e nunca deixou de se atuar”, disse.
Hoje de manhã, o comandante operacional da Proteção Civil, Vaz Pinto, explicou que as falhas de comunicação do sistema SIRESP aconteceram tal como acontecem em qualquer sistema. “Estamos a falar de uma utilização massiva e, naturalmente, por vezes, temos alguns constrangimentos”, disse.
Apesar disso, sublinhou que se tratou de “falhas muito curtas, inferiores a meio ou um minuto e não têm tido influência”.
Num despacho assinado na segunda-feira, o primeiro-ministro pediu esclarecimento urgente sobre o funcionamento da rede SIRESP no incêndio de Pedrógão Grande, questionando se é passível de confirmação que “houve interrupção do funcionamento da rede SIRESP”.
Hoje, Marta Soares afirmou que o fogo teve “origem criminosa” e que o incêndio já estava ativo há cerca de duas horas quando ocorreu a trovoada seca. Entretanto, a Polícia Judiciária já anunciou que quer ouvir o responsável a propósito destas declarações.
ZAP // Lusa
Incêndio em Pedrógão Grande
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